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Greve: prefeitura sinaliza alternativas que possam corresponder aos interesses dos servidores

Audiência terá sequência nesta quarta-feira (16)

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: TJSC, divulgação
Foto: TJSC, divulgação

Na noite desta terça-feira (15), representantes da Prefeitura da Capital e do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Municipal de Florianópolis (Sintrasem) estiveram reunidos em uma audiência conciliatória presidida conjuntamente pela desembargadora Sônia Maria Schmitz, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), e pelo desembargador vice-presidente do TRT da 12ª Região, Wanderley Godoy Junior. Em pauta, a tentativa de uma composição que pudesse encaminhar o fim da greve dos servidores públicos municipais. 

Após quase três horas de tratativas, a prefeitura sinalizou alternativas que possam corresponder, em parte, aos interesses dos servidores, mas ponderou riscos de exceder o limite prudencial de gasto com pessoal. Assim, foi decidido que a audiência terá sequência nesta quarta-feira (16), às 11 horas, de forma que a municipalidade possa detalhar os cálculos que envolvem as eventuais propostas. As lideranças sindicais, por outro lado, se comprometeram a compartilhar os possíveis avanços discutidos na audiência em assembleia marcada para a tarde desta quarta-feira (16).

A partir da mediação, as partes tiveram a oportunidade de manifestar suas considerações sobre as divergências que levaram ao movimento paredista. Entre outros tópicos, foram tratados temas como data-base, acordo coletivo e terceirização da Companhia de Melhoramentos da Capital (Comcap). Também foram discutidas posições quanto ao piso dos professores, plano de carreira e condições de trabalho. 

Além do procurador-geral do município, Rafael Poletto dos Santos, e do presidente do Sintrasem, Renê Marcos Munaro, participaram também o secretário municipal da Casa Civil, Everson Mendes, a procuradora de Justiça Sônia Maria Demeda Groisman Piardi, além de assessores jurídicos das partes e magistrados do Judiciário catarinense e do TRT 12.

Greve judicializada

O caso chegou à Justiça depois que o município ajuizou ação contra o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Municipal de Florianópolis (Sintrasem) narrando que a entidade deu início a um movimento paredista no último dia 9, englobando servidores de diversas áreas do poder público, unificando o movimento à greve instaurada pela Comcap. 

Em decisão liminar na última quinta-feira (10), a desembargadora Sônia Maria Schmitz apontou que as categorias de servidores vinculados às áreas da saúde, assistência social, à coleta de lixo e à educação estão inseridas na condição de atividades essenciais. Os documentos apresentados no processo, destacou a desembargadora, indicam que o sindicato anunciou a greve apenas no dia da paralisação, sem respeitar o prazo mínimo legal de 72 horas da comunicação prévia. Assim, foi declarada, em princípio, a ilegalidade da greve e imposta multa diária de R$ 100 mil para a hipótese de descumprimento da liminar. 

Em nova decisão liminar na última sexta-feira (11), após a constatação de que as determinações foram descumpridas, a desembargadora majorou a multa para o valor de R$ 300 mil, além de determinar o bloqueio de ativos das contas bancárias pertencentes ao Sintrasem no valor de R$ 100 mil.

Foi autorizado ao município que efetue os descontos nos vencimentos dos servidores paralisados pelos dias não trabalhados, além de ficar autorizada a instauração de processo administrativo disciplinar ou instauração de sindicância a fim de apurar as responsabilidades pelo não retorno às atividades.

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