Golpe bilionário do INSS: mais de 740 mil aposentados reclamaram de descontos indevidos em 2024
Esquema fraudulento desviou R$ 6,3 bilhões e levou à queda do presidente do instituto
• Atualizado

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) recebeu 742.389 reclamações de aposentados e pensionistas por descontos associativos não autorizados apenas no primeiro semestre de 2024. O número supera com folga o total de queixas registradas durante todo o ano de 2023, que foi de 467.365. As informações são do SBT News, com base em um levantamento da Controladoria-Geral da União (CGU).
Segundo o relatório, o valor total dos descontos de mensalidades associativas aumentou de R$ 536,3 milhões em 2021 para R$ 1,3 bilhão em 2023. Só em abril deste ano, foram registradas 192 mil solicitações de cancelamento desses débitos.
Em uma amostragem com 1.273 beneficiários entrevistados em todo o país, 97,6% afirmaram não ter autorizado os descontos e 95,9% disseram não participar de nenhuma associação. Em 11 estados, como Acre, Amazonas, Pernambuco e Minas Gerais, todos os entrevistados negaram qualquer autorização para descontos em seus benefícios.
As investigações da Polícia Federal apontam que diretores do próprio INSS estariam envolvidos no esquema. O prejuízo estimado chega a R$ 6,3 bilhões.
Após a revelação do escândalo, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi exonerado. Nesta terça-feira (29), o ministro da Previdência, Carlos Lupi, prestou esclarecimentos na Comissão de Previdência da Câmara dos Deputados e destacou que as investigações foram iniciadas no atual governo.
“Toda essa operação que se deflagrou agora, da PF e da CGU, foi iniciada por auditoria do INSS no governo do presidente Lula para coibir fraudes”, declarou o ministro.
*Com informações do SBT News.
>> Para mais notícias, siga o SCC10 no Instagram, Threads, Twitter e Facebook.
Quer receber notícias no seu whatsapp?
EU QUERO