Engenheiro que projetou reservatório da Casan que rompeu identifica falta de 10 toneladas de aço
Responsável pelo projeto de reservatório foi ouvido pela comissão mista da Casan
• Atualizado

O engenheiro responsável pela elaboração do projeto do reservatório da Casan que rompeu na área continental de Florianópolis no dia 6 de setembro, disse que a construção não seguiu o projeto e que foram utilizados 10 mil quilos a menos de aço do que o previsto no projeto
A fala ocorreu durante a reunião da comissão mista criada pela Assembleia Legislativa para tratar do rompimento, nesta terça-feira (7). Ele negou irregularidades no projeto que desenvolveu e apontou possíveis falhas na execução, que não seria sua responsabilidade.
O engenheiro informou aos membros da comissão mista que após o rompimento do reservatório, esteve pelo menos quatro vezes no local, com a permissão da Casan, e constatou ao menos sete situações que não condiziam com o que foi apresentado no projeto que elaborou.
“Contratamos peritos para fazer uma confrontação entre o contratado e o executado”, disse.
Construção não seguiu o projeto, diz engenheiro
Conforme o responsável pelo projeto, entre as não conformidades detectadas, além do uso de 10 mil quilos a menos de aço do que o previsto, estão diferenças na espessura das paredes e armaduras que ficaram em posições inadequadas.
“Dizer quem é o culpado [pelo rompimento] não nos cabe. Mas entender o que aconteceu, acho que nos cabe”, afirmou. “Se a execução seguisse o projeto, não teríamos esse fato.”
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Construção e projeto foram executados por empresas diferentes
A empresa que elaborou o projeto não foi responsável pela construção do reservatório. Por isso, segundo o engenheiro, não competia a ele ou a empresa acompanhar ou fiscalizar a execução do projeto.
Ele afirmou que, após o rompimento do reservatório, refez os cálculos do projeto, elaborado em 2010, e não encontrou disparidades que pudessem levar a problemas estruturais na obra.
Segundo ele, um outro engenheiro, independente, foi contratado para analisar o projeto e também não encontrou problemas.
“Há um projeto, ele foi analisado por outro profissional. Em tese, na minha visão, ele está correto”, declarou.
O responsável pelo projeto respondeu a questionamentos feitos pelos deputados Mário Motta (PSD), que é o relator da comissão, Marquito (Psol), Lunelli (MDB) e Maurício Peixer (PL). A comissão volta a se reunir na próxima terça-feira (14).
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