Sem acordo, greve dos professores de Florianópolis continua
Proposta foi de manter a greve até que seja realizada a audiência de conciliação com o MPSC e com a Prefeitura de Florianópolis
• Atualizado
A Assembleia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) na tarde desta sexta-feira (21), foi finalizada com a determinação de manutenção da greve dos profissionais. Não houve votação, entretanto, a proposta foi de manter a greve até que seja realizada a audiência de conciliação com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e com a Prefeitura Municipal de Florianópolis.
A audiência está agendada para a próxima quinta-feira (27)., contudo, segundo o Sintrasem, há a expectativa de que a audiência seja antecipada para segunda (24) ou terça-feira (25).
Em contrapartida, o secretário da Educação de Florianópolis, Mauricio Fernandes, disse que só haverá negociação com o retorno às atividades. “Ainda esperamos que voltem até segunda-feira (24) e se não voltarem, que a justiça tome as providências em seu despacho, ou seja, aplique multa de R$ 100 mil por dia”, disse.
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Retorno das atividades
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) requereu à Justiça a instauração de Dissídio Coletivo de Greve visando à solução da greve dos professores da rede municipal de ensino de Florianópolis, com pedido de liminar determinando que o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (SINTRASEM) e o Município “garantam o atendimento presencial mínimo das turmas de alfabetização e do nono ano da rede de ensino, tendo em vista a urgência e a indispensabilidade do atendimento a esses alunos especificamente, retomando o ensino remoto para as demais”.
O objetivo da ação é que o Tribunal de Justiça, conforme já decidido na Ação Civil Pública n. 5003615-53.2021.8.24.0091, determine a instauração do dissídio coletivo com a designação de uma audiência de concilação que possibilite uma solução para o impasse entre o Município e o SINTRASEM de maneira a que as aulas da rede municipal de ensino de Florianópolis sejam retomadas.
Como sustentado na ação, como até o momento não se vislumbra uma solução,”requer-se, na verdade, no estabelecimento de uma espécie de negociação ‘forçada’ com escopo no Princípio da Continuidade do Serviço Público”.
A ação foi ajuizada pela Procuradora de Justiça Eliana Volcato Nunes e apresentada ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça (TJSC), tendo sido distribuída para o Desembargador Jaime Ramos, da 3ª Câmara de Direito Público.
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