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Ministro afirma que há crianças com deficiência em que é “impossível ter convivência”

Ministro da educação, durante a noite, pediu desculpas a quem se ofendeu com as afirmações

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: Gustavo Sales/ Câmara dos Deputados/ Via Agência Brasil
Foto: Gustavo Sales/ Câmara dos Deputados/ Via Agência Brasil

O Ministro da Educação, Milton Ribeiro, fez declarações pejorativas sobre crianças com deficiências e voltou atrás na noite desta quinta-feira (19). Durante a tarde, Ribeiro declarou que há crianças com “deficiência elevada” com quem “é impossível ter convivência” — uma segunda declaração considerada problemática sobre o tema nos últimos dias. Em rede social durante à noite, por sua vez, pediu desculpas a quem se ofendeu com as afirmações.

“Algumas palavras foram utilizadas de forma não apropriada e não traduzem, adequadamente, o que eu quis expressar. Minha intenção foi referir-me quanto à dificuldade de desenvolvimento adequado de algumas crianças com deficiências em classes comuns”, justificou o ministro em sua conta do Twitter.

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Mais cedo, ele citou a quantidade de crianças com deficiência que estudam em escolas públicas, e disse que, com 12% delas, é “impossível ter convivência”. O ministro também disse que essas crianças precisavam frequentar uma sala de aula especial.

“Nós temos hoje 1,3 milhão de crianças com deficiência que estudam nas escolas públicas. Desse total, 12% têm um grau de deficiência que é impossível a convivência”, disse.

A afirmação de Ribeiro se deu para tentar explicar uma primeira declaração dada por ele há dez dias. À época, o titular da Educação disse que alunos com deficiência “atrapalhavam” o aprendizado de outros estudantes em sala de aula. A afirmativa foi considerada preconceituosa e recebeu críticas por organizações e especialistas em educação.

SBT News contactou o Ministério da Educação para consultar se há algum posicionamento oficial da pasta, assim como informações sobre o que seriam salas de aulas especiais, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.
 

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