Dia Mundial do Vitiligo: preconceito é a principal barreira a ser vencida
Em São José, um digital influencer tem feito um trabalho que tem ajudado muitos portadores do vitiligo
• Atualizado
O vitiligo dói? O vitiligo é contagioso? Você tem vitiligo “lá”? Estas são algumas das perguntas recebidas pelo Diego Kydo, 32, morador de São José na Grande Florianópolis. Ele descobriu a doença em 2016 quando as primeiras manchas surgiram em uma das mãos e no canto do olho, que ele até achou que fosse marca do óculos de sol. Ao ver os primeiros sinais recorreu à internet.
“Fui correndo para o Google, mas ao pesquisar sobre o vitiligo, as imagens me chocaram porque a pesquisa exibiu as pessoas tomadas por manchas no corpo todo”. Do choque ao orgulho, Kydo fez do vitiligo sua causa de vida. Hoje fala com seus quase 40 mil seguidores nas redes sociais sobre amor próprio e aceitação, que estão entre as principais dificuldades pelos portadores da doença autoimune.
“Fiz disso o meu propósito de vida. Recebo feedbacks emocionantes. Uma das minhas seguidoras nunca tinha usado saia por vergonha e medo do preconceito. É isso que faz diferença”, comemora o influencer.
O vitiligo surge de predisposições genéticas. O portador pode desencadear as manchas ou não. Um dos principais desencadeadores do vitiligo são de ordem emocional. É o que explica a dermatologista Mariana Barbato. “Se a pessoa tem o fator genético, ao passar por uma grande carga emocional, o vitiligo pode surgir. Por isso manter a saúde mental em dia é um ótimo tratamento.
Existem também tratamentos para a pele, como a fototerapia que estimulam a pigmentação.” Mesmo sendo considerado uma doença, o vitiligo não causa nenhum fator limitante ao portador. O único sintoma é a despigmentação.
O Diego por exemplo, nos conta que já até desistiu de procurar tratamentos e hoje se orgulha das manchas que marcaram a sua vida. “Eu pratico esportes, faço crossfit, não tenho nenhum prejuízo físico. A única diferença são as manchas que eu tenho o privilégio de ter e você não (risos)”, brinca.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, 3% da população mundial convive com a doença. A principal barreira ainda é o preconceito justamente porque muitos ainda acham que é uma doença contagiosa. A doutora esclarece que não.
“O vitiligo não dói, não passa e não é contagiosa. Qualquer um pode tocar nas manchas”, esclarece a dermatologista. Diego complementa a informação e fala sobre a única dor que envolve a doença. “O que dói é o preconceito”.
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