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Preocupante

Chuvas no RS: Defesa Civil confirma 10 mortes e 21 desaparecidos

Os números são consequência das intensas chuvas que vêm assolando o estado nos últimos dias.

• Atualizado

Carolina Sott

Por Carolina Sott

Foto: Força Aérea Brasileira / Perfil Brasil
Foto: Força Aérea Brasileira / Perfil Brasil

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul confirmou, às 9h desta quarta-feira (1), que há 10 mortes e 21 desaparecidos registrados em decorrência das chuvas no RS. Os números são consequência das intensas chuvas que vêm assolando o estado nos últimos dias.

De acordo com o boletim divulgado, cerca de 1.145 pessoas estão em abrigos, sendo que 1.431 estão desalojados. Ao todo, 19.110 pessoas foram afetadas em 104 municípios do estado que foram atingidos. 10 mortes foram registradas e 11 pessoas ficaram feridas.

Chuvas no RS: Defesa Civil orienta moradores a deixarem áreas de risco

A Defesa Civil do RS também alertou a população para a condição dos rios Jacuí e Toropi, que receberam expressivos volumes em razão das fortes chuvas dos últimos dias no Estado, ultrapassando extraordinariamente suas cotas de inundação.

Em relação ao Rio Jacuí, o órgão estadual orienta que os moradores de áreas ribeirinhas dos municípios de Agudo, Nova Palma, Dona Francisca, Faxinal do Soturno, São João do Polêsine, Restinga Seca, Paraíso do Sul, Formigueiro, São Sepé e Cachoeira do Sul deixem áreas de risco e procurem abrigos públicos ou outro local de segurança para permanecer durante a elevação de nível do rio.

No que se refere ao Rio Toropi, a Defesa Civil emitiu a mesma orientação expressa para os moradores de áreas ribeirinhas dos municípios de Quevedos, São Martinho da Serra, São Pedro do Sul, Toropi, Mata e Santa Maria.

As pessoas que não tiverem locais alternativos devem buscar informações junto à Defesa Civil da sua cidade sobre os abrigos públicos disponibilizados pelas prefeituras, rotas de fuga e pontos de segurança.

Gabinete de Crise avalia cenário meteorológico e prioriza ações de resgate de famílias ilhadas

O governador Eduardo Leite comandou, no fim da tarde desta terça-feira (30/4), a reunião de monitoramento do Gabinete de Crise, realizada na sede da Defesa Civil, em Porto Alegre. Convocado emergencialmente pelo Executivo nesta manhã, o grupo formado por secretários e membros das forças de segurança fez um levantamento das ações de resposta imediata executadas ao longo do dia e mapeou o prognóstico meteorológico para as próximas horas por causa das chuvas no RS. No momento, o foco das equipes de apoio é o resgate de famílias que estão isoladas pelas inundações.

Foto: Maurício Tonetto/Secom

“Falei agora por telefone com o presidente Lula, que assegurou o apoio do governo federal. Tenho certeza que poderemos contar com essa união de esforços para o resgate da população afetada, que é a nossa prioridade absoluta neste momento. Toda ajuda diante da piora da condição meteorológica no Rio Grande do Sul é fundamental. Pedi especialmente suporte de aeronaves para resgate de pessoas ilhadas. Lamentavelmente, já temos óbitos e ainda há desaparecidos. A prioridade imediata é resgatar as famílias desalojadas, encaminhando-as para residências de familiares ou para abrigos públicos e fornecendo condições adequadas de alojamento. Estamos mobilizando equipes de resposta rápida para atuar em situações que apresentem risco à vida”, declarou Leite.

O governador determinou a intensificação dos esforços para resgatar famílias ilhadas, com atenção especial ao município de Candelária, que se encontra em estado crítico, segundo a Defesa Civil estadual. As operações contarão com o apoio das Forças Armadas, que disponibilizaram aeronaves aptas a operarem em voos noturnos para facilitar os resgates em áreas de difícil acesso. Os aviões da Brigada Militar e Polícia Civil também estão a postos, no aguardo de condições meteorológicas favoráveis para incorporar a força-tarefa de salvamentos.

Conforme a projeção da Sala de Situação, vinculada à Secretaria do Meio Ambiente (Sema), os vales do Caí e Taquari já enfrentam uma situação severa, com risco de alagamentos no mesmo nível dos ocorridos em novembro do ano passado, quando o Estado enfrentou uma das maiores enchentes da história.

Nas próximas horas, espera-se que o volume de chuvas continue elevado, podendo alcançar até 300 milímetros em algumas áreas. Todos os rios monitorados estão com níveis acima dos limites de alerta. Nos próximos dias, a preocupação se estenderá aos municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre, incluindo os rios Jacuí, Guaíba e Sinos, que também podem transbordar.

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