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Polêmica

Associação de moradores cancela famoso bloco de carnaval no Campeche

O evento será no bolsão da Beira-Mar Continental nesta sexta (09)

• Atualizado

Beatriz Agnes

Por Beatriz Agnes

Imagem Ilustrativa. Foto: Freepik/reprodução
Imagem Ilustrativa. Foto: Freepik/reprodução

O famoso Bloco Onodi, que ocorre no Campeche, no Sul de Florianópolis, foi cancelado nesta quinta-feira (08) e causou polêmica. Isso porque a estrutura já estava sendo montada para o evento que começa nesta sexta-feira (09).

Em nota oficial, a organização do bloco informou que “eles foram surpreendidos por uma decisão do Ministério Público, que acatou um pedido da Associação de Moradores do Campeche (AMOCAM), para embargar a realização do bloco”. Além disso, explicou que o bloco tinha os alvarás e licenças necessários.

Foto: Reprodução/Instagram

Também informou que o bloco agora vai acontecer no bolsão da Beira-Mar Continental até o dia 13 de fevereiro.

O Portal SCC10 entrou em contato com a Associação de Moradores do Campeche (AMOCAM), na qual informou que “estão aguardando o despacho do MPF para falar”. Após, se manifestaram nas redes sociais.

Em nota a Associação informa que não há embargo judicial ao evento, nem alvarás emitidos no evento no Pacuca, e afirma ainda que a base aérea negou o uso da área e que não são contra o tradicional bloco de domingo. Também solicitaram que os organizadores do evento venham a público para mostrar as licenças e a ordem de embargo emitida pela MPF ou pela Justiça Federal.

Confira na íntegra:

1. NÃO HÁ EMBARGO JUDICIAL AO EVENTO: a notícia veiculada de que o MPF teria embargado o evento não é verdadeira, até porque o parquet federal não tem esse poder. Tampouco qualquer ordem judicial, neste sentido, foi emitida pela 6ª Vara Federal da Capital. Foram apenas enviados ofícios aos órgãos responsáveis solicitando informações sobre a regularidade do evento. Nada mais do que isso.

2. NÃO HÁ ALVARÁS EMITIDOS PARA EVENTO NO PACUCA: a AMOCAM já havia feito essa solicitação aos responsáveis pelo evento, mas nada nos foi enviado. Por que ainda não apresentaram as autorizações?

3. BASE AÉREA NEGOU USO DA ÁREA: o comando da Base Aérea de Florianópolis confirmou que foi procurado por um ex-secretário municipal para tratar da cessão da área para o evento e que, na ocasião, respondeu negativamente ao pedido realizado pelo órgão da prefeitura. A primeira opção de local era o campo de rugby, que está dentro da área sob guarda da Base Aérea.

4. NÃO SOMOS CONTRA O TRADICIONAL BLOCO DE DOMINGO: a AMOCAM está ativa no bairro desde 1987. Em todas as edições do ONODI, sempre apoiamos a iniciativa, e agora não seria diferente. Nos opusemos somente à realização de 04 dias da Arena em espaço público.

A não realização do tradicional bloco de domingo é decisão unilateral do ONODI que, tendo sua pretensão maior frustrada, pune a comunidade e põe a culpa em terceiros pela sua própria desorganização e inexperiência de sua atual diretoria.

A AMOCAM solicita que o ONODI venha a público e mostre as licenças, que diz possuir, para o evento de 04 dias no PACUCA, bem como a ordem de embargo emitida pelo MPF ou pela Justiça Federal.

Em caso de se mostrarem falsas as acusações contra a AMOCAM, tomaremos as medidas legais cabíveis.

MPF

O Ministério Público Federal (MPF) informou por meio de nota que o cancelamento se deve a “possíveis danos ambientais e ao patrimônio histórico e cultural em razão da realização de evento”.

Veja a nota

O Ministério Público Federal instaurou a Notícia de Fato nº 1.33.000.000445/2024-79, tendo em vista a comunicação de possíveis danos ambientais e ao patrimônio histórico e cultural em razão da realização de evento de Carnaval na área do Campo de Pouso do Campeche, local tombado pelo Decreto Municipal nº 13.707/2014. Em razão disso, no dia 8 de fevereiro, encaminhou ofícios ao Superintendente do Patrimônio da União em Santa Catarina, ao Presidente do IPUF, ao Comandante da Base Aérea de Florianópolis e ao Superintendente da FLORAM, solicitando esclarecimentos sobre a regularidade do evento na área, sobretudo se autorizado por essas autoridades. No caso de verificação da irregularidade, foi solicitada a tomada das medidas administrativas, no âmbito das suas respectivas competências. Portanto, não houve recomendação no sentido de cancelamento do evento. Solicitou-se, tão somente, a adoção das medidas administrativas cabíveis aos órgãos públicos que possuem interesse/atribuição sobre o caso”.

O Portal SCC10 contatou também a Prefeitura de Florianópolis .

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