Lombadas ilegais proliferam em Santa Catarina

Artigo por: Fernando Vianna, Presidente da Associação dos Médicos e Psicólogos Examinadores de Trânsito de Santa Catarina (AMPSC)

A administração do setor de trânsito, do Detran catarinense, tem se revelado desastrosa sob vários aspectos desde que o atual governo assumiu.

Entre questões administrativas, de visão de gestão, de soluções, há um tema que impacta na vida de todos nós no dia a dia e que também é ignorado pelo Detran: a proliferação de lombadas, a grande maioria ilegais, nas ruas, avenidas e rodovias do Estado.

Com o agravante de que não há nem um padrão mínimo de altura ou largura dos obstáculos. Cada um faz como quer, aonde quer, quando quer. Quem paga a conta, literalmente, é o cidadão.

Faço esse alerta como alguém que atua junto ao órgão de trânsito há mais de quatro décadas. A construção de lombadas virou uma farra. Na verdade, elas deveriam ser a última alternativa dos órgãos e departamentos de trânsito; e não a primeira como vemos hoje.

Faço esse alerta embasado na Resolução 600/16 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que proíbe a construção das chamadas lombadas a não ser em determinadas situações. Ela está em vigor e vale para todo o Brasil.

O desconhecimento ou desrespeito à legislação levou ao quadro atual. A exceção virou a regra. Ninguém respeita a lei, a começar pelo Detran-SC. O resultado está aí, um verdadeiro festival de lombadas, erguidas sem qualquer critério, sem padronização e muitas vezes até sem sinalização, prejudicando o fluxo de trânsito e a integridade dos usuários do sistema e dos próprios veículos.

Importante salientar que não sou contra os redutores de velocidade. O que não podemos é admitir esta balbúrdia e a falta de critérios que imperam no momento.

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