Cotidiano Compartilhar
Mapeamento

Após tragédia em SP, Florianópolis terá que mapear áreas de risco

Defesa Civil Municipal terá que esclarecer sobre quais providências foram ou estão sendo tomadas para mapear as áreas com risco

• Atualizado

Redação

Por Redação

Imagem Ilustrativa. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Imagem Ilustrativa. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Tragédias como a ocorrida durante o carnaval no litoral de São Paulo, quando fortes chuvas ocasionaram grandes desmoronamentos que resultaram em dezenas de vítimas fatais e milhares de desabrigados, têm se tornado cada vez mais recorrentes na vida cotidiana do país. A fim de evitar que eventos como este se repitam em Florianópolis, o Ministério Público da Santa Catarina (MPSC) instaurou procedimento para apurar a situação das comunidades instaladas em áreas de risco na capital catarinense.

O procedimento – uma Notícia de Fato – foi instaurado na quarta-feira (22) pela 30ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital, com atuação na área da cidadania e direitos humanos. Ao dar início ao procedimento, o Promotor de Justiça Daniel Paladino destacou que houve, recentemente, registro de mortes no chamado “Morro da Mariquinha”. Dessa forma, o MPSC viu a necessidade de atualização do quantitativo de áreas de risco, bem como a adoção de “medidas urgentes capazes de estancar o problema”.

“Sob a perspectiva do direito à vida e à dignidade humana, é de rigor conhecer a realidade dessas comunidades expostas ao risco e buscar as soluções que assegurem a sua proteção e qualidade de vida, o que perpassa também pela implementação de políticas de habitação popular”, considerou Paladino.

De acordo com o Promotor de Justiça, notícias veiculadas pela mídia apresentam Santa Catarina como o estado brasileiro com maior número de áreas de risco para desastres naturais do país, contando com 294 áreas com possibilidade de desastres geológicos e hidrológicos. “Ao que tudo indica, a ocupação irregular do solo urbano, notadamente em áreas de risco geológico, aliado à inação de autoridades públicas, tem sido o ponto gatilho para esse cenário desolador, que tende, infelizmente, a piorar”, completa.

Reunião

Como primeiro passo em busca de soluções, foi marcada uma reunião para o dia 16 de março, para a qual serão convidados representantes da Prefeitura, Floram, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, Comcap, Secretaria de Segurança Pública, Companhia Catarinense de Águas e Saneamento, Defesas Civis do Estado e do Município, Polícias Militar, Civil e Científica, Conselhos Regionais de Arquitetura e de Engenharia, Câmara municipal de Vereadores, Câmara de Dirigentes Lojistas e entidades representativas da sociedade civil. Também serão convidados os Promotores de Justiça da Capital com atuação na área ambiental.

Em paralelo, o Promotor de Justiça determinou a expedição de ofício à Defesa Civil Municipal, solicitando, no prazo de 45 dias, esclarecimentos e informações sobre quais providências foram ou estão sendo tomadas para mapear as áreas com risco de desastres geológicos e hidrológicos em Florianópolis, bem como as medidas que estão sendo adotadas para interdição e isolamento dos locais.

Confira a reportagem:

https://youtu.be/2rj0OtCBNbA

>> Para mais notícias, siga o SCC10 no TwitterInstagram e Facebook.

Quer receber notícias no seu whatsapp?

EU QUERO

Ao entrar você esta ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

Fale Conosco
Receba NOTÍCIAS
Posso Ajudar? ×

    Este site é protegido por reCAPTCHA e Google
    Política de Privacidade e Termos de Serviço se aplicam.