Anvisa veta suplementos com ora-pro-nóbis e manda recolher produtos do mercado
Agência afirma que planta não tem autorização para uso em suplementos alimentares
• Atualizado

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a fabricação, comercialização, distribuição, propaganda e uso de suplementos alimentares que contenham ora-pro-nóbis. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União e determina ainda o recolhimento imediato de todos os produtos disponíveis no mercado.
De acordo com a Anvisa, o ingrediente — de nome científico Pereskia aculeata — não possui autorização para ser utilizado como constituinte de suplementos. A liberação desse tipo de substância depende de avaliações específicas de segurança e eficácia, que ainda não foram realizadas para a planta em questão.
A agência explica que, para que um ingrediente seja permitido em suplementos, é necessário que ele seja cientificamente reconhecido como fonte de nutrientes ou substâncias relevantes para o corpo humano. Além disso, os suplementos não são medicamentos e, portanto, não podem alegar efeitos terapêuticos como tratamento ou prevenção de doenças.
Apesar da restrição, a Anvisa ressalta que a medida não se aplica à planta em sua forma natural, cujo consumo e comercialização continuam liberados. A ora-pro-nóbis é tradicionalmente usada na culinária de estados como Minas Gerais e Goiás, sendo comum em pratos típicos da região.
O que é ora-pro-nóbis?
A ora-pro-nóbis é uma planta trepadeira com folhas comestíveis, rica em fibras, proteínas e minerais como ferro e cálcio. Muito popular na culinária mineira, é frequentemente usada em refogados, sopas e receitas caseiras. Embora tenha ganhado fama recente como “superalimento”, seu uso como suplemento ainda não tem respaldo científico suficiente para ser liberado pela Anvisa.
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