Nove mortes: Enfermeira é acusada de trocar remédio por água da torneira
As investigações começaram após autoridades perceberem o aumento do número de infecções nos pacientes do hospital
• Atualizado
Uma enfermeira dos EUA é acusada de substituir fentanil — um analgésico potente — por água da torneira em medicações intravenosas de pacientes que estavam na UTI. Advogados que representam as vítimas entraram com uma ação judicial de cerca de R$ 1,7 bilhão contra o hospital na última terça-feira (3). As informações são do UOL.
Fentanil foi substituído por água não esterilizada, causando infecções nos pacientes. A queixa dos advogados afirma que “todos os pacientes foram infectados com uma bactéria associada exclusivamente à transmissão pela água”, segundo a CBS News. Dezoito pessoas foram vítimas da troca, e nove delas morreram.
Segundo o UOL, a enfermeira acusada teria feito a troca para roubar o medicamento. A mulher foi presa em junho diante de 44 acusações relacionadas ao roubo e uso indevido de substâncias controladas. Investigadores trabalham com a hipótese de que ela estaria desviando o fentanil líquido para uso pessoal. O opioide sintético é um analgésico considerado cem vezes mais forte que a morfina e pode ser utilizado como um anestésico.
As investigações começaram após autoridades perceberem o aumento do número de infecções nos pacientes do hospital. Uma apuração interna apontou que todos os casos eram de pacientes da UTI que tiveram contato com a enfermeira suspeita entre 2022 e 2023. Ela deixou o cargo em julho do ano passado, e quatro meses depois concordou com a suspensão voluntária da sua licença de enfermagem.
Hospital é acusado de homicídio culposo e negligência. Segundo o processo, a unidade de Medford, em Oregon, do hospital Asante Rogue Regional Medical Center falhou em monitorar a administração dos medicamentos e não evitou que funcionários desviassem o remédio. A instituição disse à CBS News que não iria comentar o caso.
Advogados pedem que o hospital pague US$ 303 milhões, o equivalente a 1,7 bilhão de reais. Os pacientes e seus familiares pedem que a instituição compense as despesas médicas, a angústia mental dos pacientes e o sofrimento dos entes das vítimas fatais.
*Com informações do UOL.
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