10,67% dos catarinenses vivem com menos de R$497 por mês

Com a pandemia a situação financeira de muitos brasileiros piorou. Em Santa Catarina, 10,67% dos catarinenses vivem com menos de R$497,00 por mês. No Brasil, o número chega há 29,62%. Os dados são do Mapa da Pobreza, realizado pelo Instituto Getúlio Vargas, referente a 2021.

“No Brasil, a pobreza está no seu nível mais alto nos últimos dez anos. Essa conclusão é válida não só para a linha de pobreza principal, mas para qualquer linha de pobreza, qualquer critério de renda que se utilize, qualquer indicador”, disse Marcelo Neri, pesquisador da FGV.

Na pesquisa, Santa Catarina aparece como Estado com o menor índice de pobreza do Brasil. “Santa Catarina tem a menor pobreza, não tanto pela riqueza média em si também, mas principalmente o que desconta é a menor desigualdade que é válido também para toda série histórica”, explica Marcelo Neri.

O cientista social, Bruno Lima Rocha, explica que a situação ainda é muito grave. “Primeiro pensar na pobreza é uma indignidade para o ser humano e para qualquer família. Segundo é que a sociedade não pode descartar sua população, e qualquer nível de governo nacional, estadual e municipal tem o dever de amparar o seu cidadão que morar naquela região”, disse.

Para quem acompanha o cenário de perto, a situação também muito mais complicada. “Na prática a realidade é outra, a favela está aí, as comunidades estão sofrendo demais essa falta do alimento, ou seja, a insegurança alimentar total”, afirma Alex Gabriel, coordenador da Central Única das Favelas (CUFA), que atende as comunidades de 16 municípios em Santa Catarina.

Para quem vive essa realidade, a falta de oportunidades é o principal motivo do cenário.

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