Variante indiana do coronavírus é 40% mais contagiosa
A linhagem é dominante no Reino Unido, alerta o Ministério da Saúde britânico.
• Atualizado
A variante indiana do novo coronavírus, batizada de “delta” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é 40% mais contagiosa, segundo afirmou o ministro britânico da Saúde, Matt Hancock, neste domingo (6.jun).
A variante é a responsável pela maior parte das infecções no território britânico. Dados de um rastreamento epidemiológico, realizado pela agência governamental de Saúde Pública da Inglaterra (PHE, na sigla em inglês), apontam um aumento nas hospitalizações devido à nova variante.
No entanto, técnicos do Ministério da Saúde do Reino Unido dizem que as vacinas utilizadas no país protegem completamente contra a linhagem após a 2ª dose.
“É importante que as pessoas recebam ambas as doses da vacina contra a Covid-19, porque dados nos mostram que ela pode proteger efetivamente contra a variante delta”, disse Hancock.
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Covid-19: conheça as principais variantes e suas características
Autoridades brasileiras tentam, neste momento, conter a disseminação da variante indiana da Covid-19, já considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como mais contagiosa. Não se sabe, contudo, se a cepa B.1.617 ocasiona quadros mais graves ou se ela aumenta as chances de reinfecção pelo novo coronavírus.
Variantes são mutações que um vírus sofre ao se replicar ou ao fazer cópias dele mesmo. Quando ele possui uma ou mais mutações, essas mudanças recebem o nome de variantes.
Segundo a OMS, o aumento de mutações ocorre quando um vírus está circulando de forma ampliada e causando muitas infecções. “Quanto mais oportunidades um vírus tem para se espalhar, mais ele tende a fazer isso, e mais chances ele terá de sofrer mudanças”, afirma a entidade em artigo.
No Brasil, atualmente, há o predomínio de duas cepas: P1 e P2. A P1 é mais transmissível e surgiu em dezembro do ano passado em Manaus. Os primeiros registros foram feitos no Japão em viajantes que tinham ido à região amazônica. A P2, por sua vez, foi identificada em março deste ano, no Rio de Janeiro.
Estudo da Fundação Oswaldo Cruz apontou que a linhagem P1 foi a cepa mais identificada entre o total de casos de covid-19 no país em abril, respondendo a 92% de todas as infecções.
Preocupação com variante
O Centro de Controle de Vacinas dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) afirma que, atualmente, existem cinco variantes de preocupação.
Além de aumentar a transmissibilidade da Covid-19, essas cepas tendem a reduzir a eficácia de tratamentos e diminuir a resposta imunológica de infecções precedentes e até mesmo a da vacinação.
Veja abaixo onde as cepas foram registradas pela primeira vez e as principais características de cada uma delas:
Variante | 1º registro | Transmissão | Consequências |
B.1.1.7 | Reino Unido | Aumento de 50% | Potencial aumento na gravidade da doença, baseado nos índices de fatalidade e hospitalização |
B.1.351 | África | Aumento de 50% | Diminuição na eficácia de alguns tratamentos de anticorpos monoclonais |
B.1.427 | Califórnia/EUA | Aumento de 20% | Diminuição na eficácia de alguns tratamentos de anticorpos monoclonais |
B.1.429 | Califórnia/EUA | Aumento de 20% | Diminuição na eficácia de alguns tratamentos de anticorpos monoclonais |
P1 | Brasil/Japão | Aumento de 20% | Diminuição na eficácia de alguns tratamentos de anticorpos monoclonais |
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