Estudo: 3ª dose de vacina aumenta em até 10 vezes níveis de anticorpos
Anúncio foi feito pela farmacêutica Pfizer, que está desenvolvendo imunizante com foco em variante
• Atualizado
A aplicação de uma 3ª dose do imunizante da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19, seis meses após a segunda, aumenta de cinco a dez vezes os títulos de neutralização no organismo contra a primeira linhagem do Sars-CoV-2 e a variante Beta, identificada originalmente na África do Sul, segundo dados preliminares de um estudo conduzido pelas empresas. A informação foi confirmada pela farmacêutica americana e o laboratório alemão em um comunicado conjunto emitido nessa quinta-feira (8).
Os resultados mostram ainda que o nível de tolerabilidade da terceira dose foi consistente. De acordo com as companhias, dados mais definitivos do estudo deverão ser publicados em breve, inclusive em um jornal revisado por pares, e enviados às agências reguladoras de medicamentos dos Estados Unidos e União Europeia (UE) – o FDA e a EMA, respectivamente.
Após citar um segundo trabalho, publicado na revista científica Nature, segundo o qual duas doses da vacina da Pfizer/BioNTech induzem títulos de neutralização fortes contra a variante Delta do coronavírus — identificada originalmente na Índia –, o comunicado diz também que as empresas preveem ser a terceira dose capaz de aumentar os títulos de anticorpos contra essa cepa de forma semelhante ao observado em relação à variante Beta. Porém, os testes pré-clínicos e clínicos para confirmar a hipótese ainda estão em andamento.
Segundo a farmacêutica americana e o laboratório alemão, com base nos dados dos quais dispõem até o momento, uma terceira dose de seu imunizante pode ser necessária entre seis e 12 meses após completar o atual ciclo vacinal, pois “embora a proteção contra quadros graves da doença tenha permanecido alta ao longo dos seis meses completos, um declínio na eficácia contra quadros sintomáticos ao longo do tempo e o surgimento contínuo de variantes são esperados”.
Outra revelação feita pela Pfizer e a BioNTech nesta quinta-feira diz respeito ao desenvolvimento de outra versão de sua vacina contra a Covid-19. A nova substância terá como alvo a proteína Spike completa da variante Delta, já teve o primeiro lote de insumo para o teste fabricado e deverá começar a ser aplicada em humanos, em ensaios clínicos, no mês de agosto, se receber aprovações regulatórias.
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