Covid-19: conheça as principais variantes e suas características
Centro de Controle de Doenças dos EUA classifica quatro cepas como "preocupantes", entenda
• Atualizado
Autoridades brasileiras tentam, neste momento, conter a disseminação da variante indiana da Covid-19, já considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como mais contagiosa. Não se sabe, contudo, se a cepa B.1.617 ocasiona quadros mais graves ou se ela aumenta as chances de reinfecção pelo novo coronavírus.
Variantes são mutações que um vírus sofre ao se replicar ou ao fazer cópias dele mesmo. Quando ele possui uma ou mais mutações, essas mudanças recebem o nome de variantes.
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Segundo a OMS, o aumento de mutações ocorre quando um vírus está circulando de forma ampliada e causando muitas infecções. “Quanto mais oportunidades um vírus tem para se espalhar, mais ele tende a fazer isso, e mais chances ele terá de sofrer mudanças”, afirma a entidade em artigo.
No Brasil, atualmente, há o predomínio de duas cepas: P1 e P2. A P1 é mais transmissível e surgiu em dezembro do ano passado em Manaus. Os primeiros registros foram feitos no Japão em viajantes que tinham ido à região amazônica. A P2, por sua vez, foi identificada em março deste ano, no Rio de Janeiro.
Estudo da Fundação Oswaldo Cruz apontou que a linhagem P1 foi a cepa mais identificada entre o total de casos de covid-19 no país em abril, respondendo a 92% de todas as infecções.
Preocupação
O Centro de Controle de Vacinas dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) afirma que, atualmente, existem cinco variantes de preocupação
Além de aumentar a transmissibilidade da Covid-19, essas cepas tendem a reduzir a eficácia de tratamentos e diminuir a resposta imunológica de infecções precedentes e até mesmo a da vacinação.
Veja abaixo onde as cepas foram registradas pela primeira vez e as principais características de cada uma delas:
Variante | 1º registro | Transmissão | Consequências |
B.1.1.7 | Reino Unido | Aumento de 50% | Potencial aumento na gravidade da doença, baseado nos índices de fatalidade e hospitalização |
B.1.351 | África | Aumento de 50% | Diminuição na eficácia de alguns tratamentos de anticorpos monoclonais |
B.1.427 | Califórnia/EUA | Aumento de 20% | Diminuição na eficácia de alguns tratamentos de anticorpos monoclonais |
B.1.429 | Califórnia/EUA | Aumento de 20% | Diminuição na eficácia de alguns tratamentos de anticorpos monoclonais |
P1 | Brasil/Japão | Aumento de 20% | Diminuição na eficácia de alguns tratamentos de anticorpos monoclonais |
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