Suplentes em alta na Assembleia por causa da campanha

Nesta quinta-feira (15), o deputado Rodrigo Minotto (PDT) abre espaço para a suplente Janaína Guedes de Freitas (PDT), a Jana, vereadora em Videira e que ficará no cargo por um mês. A posse de Jana não é um fato isolado, soma-se aos demais já implementados, principalmente depois que o próprio parlamento estadual alterou o regimento interno e passou a permitir que a licença dos titulares pode ser de, no mínimo, um mês – antes era de 60 dias.

Minotto informa que cuidará de assuntos particulares, parte deles relacionados à eleição 2024, um grande motivador para as licenças de deputados. O próprio presidente da Assembleia, deputado Mauro De Nadal (MDB), sugeriu aos colegas que pretendam concorrer em outubro a prefeituras, que abram espaço para os suplentes.

Pelo menos sete deputados devem disputar a eleição municipal, o grande pano de fundo da dança das cadeiras. Mesmo que a Assembleia mantenha um calendário especial de sessões entre agosto e setembro, prática que vem de outras legislaturas e foi implementada pelo deputado Julio Garcia (PSD), uma escolha de prefeito e vereadores envolve todos os parlamentares, que visitam as bases e pedem votos tanto quanto os que concorrem, a maioria para ter reciprocidade na campanha de 2026.

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Na atual legislatura, Pedro Silvestre, o Pedrão (PP), pré-candidato a prefeito na Capital, ficou no lugar de Altair Silva, em 2023, assim como Maurício Peixer (PL), que substituiu o então secretário da Casa Civil do governo Jorginho Mello, Estêner Soratto Júnior (PL), que retornou ao parlamento em fevereiro. Soratto é pré-candidato em Tuibarão. Peixer é um caso interessante, pois, na condição de primeiro suplente, prosseguiu na casa ao substituir o deputado Sargento Lima, que assumiu a Secretaria de Segurança Pública, e ganhou longevidade em 2024.

Lima é um dos parlamentares que devem concorrer em Joinville, portanto terá passagem rápida pelo Executivo, precisa se desincompatibilizar no início de abril, seis meses antes da eleição. Peixer conta com outras candidaturas para permanecer na cadeira de deputado.

Outro beneficiado pela ida de um deputado para uma secretaria, é Emerson Stein (MDB), a dias de completar um ano na Assembleia, que ficou no lugar de Jerry Comper (Infraestrutura e Mobilidade). Mais recentemente, a licença de Camilo Martins (Podemos), trouxe Daniel Cândido (Podemos) para o plenário. Com tantas trocas, por ora, e mais as que virão, o adágio de que “suplente não fala, chia” vai caindo de uso na prática.

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