Julgamento que pode determinar a soltura de Salvaro deve prosseguir semana que vem
Prazo é de até10 dias para o desembargador que pediu vista se manifestar
• Atualizado
O pedido de vista do desembargador Antônio Zoldan da Veiga paralisou, nesta quinta-feira (5), a votação virtual na 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, que avalia a decisão monocrática da desembargadora Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer, que determinou a prisão do prefeito Clésio Salvaro (PSD), de Criciúma, e de outras nove pessoas detidas na Operação Caronte. Não há previsão da retomada da análise virtual, mas é possível que isso deva ocorrer na semana que vem.
O único voto proferido até o momento, o da própria desembargadora-relatora do caso, Cinthia Schaefer, foi pela manutenção da prisão de todos os investigados pelo MP. O Tribunal de Justiça esclareceu que não houve, nesta sessão virtual, qualquer julgamento referente a pedidos de revogação de prisão preventiva, relaxamento de prisão ou concessão de prisão domiciliar, como divulgado por alguns veículos de comunicação. Na quarta-feira (4), Cinthia Schaefer concedeu prisão domiciliar a um dos investigados, a pedido da defesa do mesmo por questão de saúde.
Ainda segundo o TJSC, existem pedidos de revogação da prisão preventiva que estão sob análise do Ministério Público e ainda serão incluídos em pauta, após a análise dos promotores de Justiça do caso. Os denunciados pelo MP ainda estão na fase de apresentação de defesa prévia, e, só após isso, o possível recebimento da denúncia será submetido ao colegiado da 5ª Câmara Criminal.
Entenda o caso de Salvaro
O prefeito Clésio Salvaro e mais nove pessoas foram presas na última terça-feira (3), por solicitação do Ministério Público do Estado, que investiga irregularidades na central funerária de Criciúma. Para o MP, houve um conluio entre empresários e servidores públicos da Assistência Social, inclusive com o envolvimento de um suplente de vereador que chegou a assumir o cargo na Câmara local.
Ainda segundo o MP, Salvaro sabia de todos os passos para a mudança da legislação que facilitaram que determinadas funerárias ficassem com a concessão do serviço. Clésio e seus advogados negam e o prefeito considera que houve ingerência política no caso para prejudicar a campanha de seu candidato à prefeitura, Vaguinho Espíndola (PSD).
O alvo das críticas foi o governador Jorginho Mello (PL) que reagiu ao afirmar que se entristece com a situação política que a prisão do prefeito significa. Jorginho também afirmou que Salvaro “ofende o Poder Judiciário e o Ministério Público de Santa Catarina ao fazer a ilação política”.
Veja quem compõe a 5ª Câmara Criminal do TJSC
DESª CINTHIA BEATRIZ DA SILVA B. SCHAEFER
DES. LUIZ CÉSAR SCHWEITZER
DES. LUIZ NERI OLIVEIRA DE SOUZA – Presidente
DES. ANTÔNIO ZOLDAN DA VEIGA
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