Falta de articulação do governo Lula leva ao “faz o L para o Lira”
Presidente da Câmara cobra mais empenho do Palácio do Planalto
• Atualizado
O presidente da Câmara dos Deputados deu demonstração de força na votação da MP que reestrutura a Esplanada, os 37 ministérios criados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e faz jus ao novo meme que corre em Brasília: “Faz um L para o Lira!”
A pressão para evitar que Lula corresse o risco de ter que administrar a mesma quantidade de pastas de Jair Bolsonaro (PL), 23 ministérios, foi provocada pelo Centrão e funcionou, já que, antes de começar a votar a MP, na noite de quarta-feira (31), o governo federal liberou R$ 1,7 bilhão em emendas para os parlamentares da base, fundamental para garantir 337 votos a favor, 125 contrários e uma abstenção.
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O Planalto comemorou uma vitória que é de Arthur Lira (PP-AL), e ainda teve que ouvir cobranças do presidente da Câmara, que foi claro ao dizer que cargos no primeiro escalão e o loteamento entre os partidos do Centrão não são suficientes para aplacar o apetite de aliados tão voláteis quanto interesseiros.
Ministérios de Lula
Lira foi mais além e conseguiu 53 deputados da oposição para seguirem com o governo, embora tenha cravado a bandeira da independência e deixado como legado um duro recado ao presidente da República, o de que não haverá vida fácil na Câmara, o mais hostil dos ambientes legislativos no Congresso para o Planalto.
Lula viu esvaziados os ministérios do Meio Ambiente, de Marina Silva, e dos Povos Originários, de Sonia Guajajara, que reclamam da aprovação do marco legal das terras indígenas, sem considerar que o governo precisa melhorar e muito a relação com deputados federais e senadores.
A MP da Esplanada, como é chamada, acabou aprovada no início da tarde desta quinta-feira (1º) no Senado, por 51 votos a favor, 19 contra e uma abstenção.
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