Chiodini na disputa agita a escolha a prefeito em Itajaí

Veio o MDB inteiro para Itajaí disposto a não perder a maior prefeitura comandada pela sigla, no ato de filiação do deputado Carlos Chiodini, que lançou a pré-candidatura na cidade peixeira e portuária. Ao presidente nacional Baleia Rossi juntaram-se os ex-governadores Eduardo Pinho Moreira e Paulo Afonso Vieira, a senadora Ivete Appel da Silveira e os deputados estaduais Mauro De Nadal, presidente da Assembleia; Antídio Lunelli, Fernando Krelling, Tiago Zilli e Emerson Stein, mais o deputado licenciado e secretário de Estado da Infraestrutura e Mobilidade, Jerry Comper.

Foram mais de dois mil presentes à Sociedade Tiradentes, entre eles o deputado federal Valdir Cobalchini e os suplentes de deputado federal Luiz Fernando Vampiro e Ada Faraco de Luca, a presidente do MDB Mulher, Dirce Heiderscheidt; o presidente da JMDB, Rennã Fedrigo; e mais de 30 prefeitos, vereadores, lideranças e pré-candidatos pelo MDB.

O partido mostra força porque está em jogo manter a prefeitura que é comandada pela terceira por Volnei Morastoni, que foi ao encontro mesmo com a delicada situação de saúde. Os discursos foram na linha da importância estratégica de Itajaí, lembrada como uma das maiores economias do país, por Chiodini, que comemorava 43 anos, na sexta-feira (8); ou na necessidade de prosseguir no caminho do crescimento, como salientou Cobalchini; ou na ênfase de que o deputado federal é uma dos melhores quadros da política catarinense, como reiterou De Nadal.

Coube a Morastoni frisar que, em suas gestões, muito foi feito, e “agora Itajaí recebe Chiodini que fará muito mais”. Na trajetória vitoriosa de Chiodini, que foi deputado estadual por dois mandatos e está no segundo na Câmara dos Deputados, a troca do domicílio eleitoral de Jaraguá do Sul para Itajaí é mais do que um ato corajoso para o presidente estadual do MDB. Terá que enfrentar um campo de batalha eleitoral que terá a força do PL bolsonarista e até do PT lulista.

Bolsonaristas terão que decidir entre Jorginho e Campagnolo

A inegável força que o bolsonarismo possui na Foz do Rio Itajaí-Açú não impede que Robison Coelho, ex-vereador e atual secretário estadual adjunto de Portos, Aeroportos e Ferrovias, apoiado pelo governador Jorginho Mello, tenha que bater chapa com o vereador Rubens Angioletti, nome defendido pela deputada estadual Ana Caroline Campagnolo. O PL não chega a estar dividido, tem dois bons quadros, mas estas questões levam tempo para serem digeridas pelo eleitor, conservador ou não.

A liderança de Ana Campagnolo é inegável na cidade, ponto para Angioletti, visto como um vereador atuante. Do lado de Robison, Jorginho o deixou quase três meses à frente da pasta para dar maior visibilidade ao afilhado, o que ainda não foi suficiente para evitar que a escolha seja interna.

PT escala João Paulo Gama, que concorreu pelo PP em 2016

O PT, como é tradicional, já colocou seus militantes na rua para pedir voto ao pré-candidato, o advogado e ex-presidente da seccional local da OAB João Paulo Bastos Tavares Gama. Em 2016, João Paulo era do PP e se coligou com o PT para disputar a eleição. Gostou da experiência.

Agora, no partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o advogado quer melhor sorte na campanha. Vale lembrar que os petistas têm tradição em Itajaí: Volnei Morastoni foi eleito para o primeiro mandato na prefeitura, em 2004, pela sigla, e, mais tarde, foi presidente da Assembleia Legislativa pelo PT, em uma articulação do então governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB).

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