Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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Manifestação democrática

Para se defender, Bolsonaro chama apoiadores para ato público em São Paulo; assista ao vídeo

Ex-presidente pretende mostrar força, um contraponto às investigações da PF

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Foto: reprodução/redes sociais.
Foto: reprodução/redes sociais.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) postou nesta segunda-feira de Carnaval (12) um vídeo nas redes sociais onde conclama seguidores a participarem de ato público, a partir das 15h, na Avenida Paulista, em São Paulo, no dia 25 de fevereiro. Bolsonaro disse que irá se defender das acusações contidas na investigação da Polícia Federal, instituição à qual não se referiu em nenhum momento.

O ex-presidente é investigado por participar de uma suposta tentativa de golpe do Estado, denúncia baseada em gravações de um reunião ministerial de julho de 2022. No encontro, Bolsonaro disse que não venceria as eleições, que estava tudo preparado para o adversário, o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e determinou que os ministros intensificassem a distribuição de notícias falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro.

O discurso de 2022, cheio de palavrões, contraria o que o ex-presidente falava sempre, que atuaria “dentro das quatro linhas da Constituição”. Já no vídeo divulgado nesta segunda-feira (12), Bolsonaro pede que as pessoas, “as mais importantes deste evento”, venham trajadas de amarelo para tirar “uma fotografia para o Brasil e para o mundo”. O ato é pela defesa do Estado de Direito.

Bolsonaro pediu que os participantes não tragam faixas e cartazes contra quem quer que seja, certamente para evitar que reapareçam os que pediam intervenção militar ou que atacavam os ministros do Supremo Tribunal Federal, peças que reforçariam o objeto da investigação da PF, na Operação Tempus Veritatis. O ex-presidente encerrou o convite aos simpatizantes com a frase que mais repetiu durante seu governo: “Deus, Pátria, Família e Liberdade”.

Pela decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, Bolsonaro teve que entregar o passaporte, não pode deixar o país e tampouco se aproximar dos investigados no inquérito, que pretende determinar os mentores e financiadores do vandalismo em 8 de janeiro de 2023, nos prédios dos poderes, em Brasília. Entre os investigados estão os ex-ministros Braga Neto e Augusto Heleno, generais da reserva do Exército, conselheiros e pessoas muito próximas de Bolsonaro.

Assista ao vídeo divulgado por Jair Bolsonaro nas redes sociais:

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