Recrutamento e seleção para a diversidade e inclusão

Muitas empresas já perceberam que adotar práticas para a diversidade e inclusão traz diversos benefícios e resultados positivos, pois além de melhorar o ambiente de trabalho e motivar os colaboradores, equipes plurais estimulam a inovação e um ambiente de trabalho mais criativo que leva a um maior resultado financeiro.

Vivemos em um país onde mais de 50% da população é negra, mais de 50% são mulheres, temos um número imenso de pessoas LGBTQIA+. Temos muitas pessoas com deficiência, e outras tantas qualificadas com mais de 50 anos de idade, mesmo assim, muitas organizações continuam com a maioria dos colaboradores sendo homens brancos, heterossexuais, entre 25 e 50 anos.

Se a homogeneidade de pensamentos e ideias é ruim para a empresa e horrível para as pessoas, por que continua acontecendo?

Primeiro porque as empresas continuam com preconceitos enraizados e em alguns casos não querem mesmo contratar. Depois porque mesmo tendo a consciência de que é um bem para a sociedade, e para a sustentabilidade do negócio, a organização ainda tem vieses inconscientes enraizados que atrapalham na hora do recrutamento e seleção.

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Mas o que são vieses inconscientes?

Tomamos milhares de decisões diárias e a maioria delas acontece no piloto automático. Todas essas decisões são baseadas em escolhas e julgamentos que fazemos inconscientemente a todo momento. Procuramos padrões que consideramos importantes e os repetimos, é a maneira que nosso cérebro age para dar conta das milhares de informações e decisões em um momento. Não são intencionais, e sim baseados em crenças, pensamentos tendenciosos, preconceitos e estereótipos.

Quando o líder ou o RH de uma empresa faz o recrutamento e seleção não funciona diferente, mas, é muito mais impactante e dificulta a diversidade e inclusão. Podemos pensar que não agimos assim, mas a prática de viés inconsciente atinge a TODOS nós. Todo o ser humano é suscetível aos vieses.

Quais são os tipos de vieses inconscientes que mais acontecem nas organizações?

São muitos os tipos, mas cito três aqui rapidinho para ver se você conhece “alguém” que pensa assim.

Viés de afinidade, quando prefiro colaboradores que agem ou são parecidos comigo.

Viés de percepção, quando julgo alguém pelo que parece ser, por exemplo quando “acho” que fulano não vai servir para a função que estou contratando, ou não vai desempenhar bem, por que é muito bonita ou muito feia, possui alguma deficiência, não se veste bem ou está acima do peso etc. Esse é um viés mais sutil e baseado em puro “achismo”.

Viés confirmatório: quando fazemos um pré-julgamento de alguém e procuramos teorias ou fatos para confirmar nossa hipótese, refutando qualquer informação que não corrobore com a hipótese original que temos. 

 No meu perfil do instagram @melissa_amaral8, eu especifico melhor e dou exemplos desses vieses e de outros que acontecem com frequência.

Mas, e como superar os nossos vieses inconscientes e agir da forma mais justa possível?

Existem diversas formas de mitigar os vieses nas organizações:

– Tomar consciência que todos temos vieses, em todas as empresas.

– Tornar os processos de recrutamento e seleção mais objetivos como por exemplo com recrutamento as cegas e métodos mais estruturados de avaliação de desempenho.

– Treinamento dos colaboradores e alta administração.

– Processos de inclusão bem estruturados.

E você? Acha que isso é bobagem e não existe? Assista o vídeo feito em 2016 para uma campanha do Governo do Paraná para entender melhor como o viés inconsciente atinge a TODOS nós de uma maneira ou de outra.