Laércio Botega

Jornalista, comentarista de TV e noveleiro.


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Emocionante

Retrô: 20 anos da morte na novela que parou o Brasil

A audiência disparou confirmando o forte apelo da personagem

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Foto: Divulgação | Globo
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A teledramaturgia brasileira sempre esteve presente na vida dos brasileiros. Ela envolve, faz os telespectadores criarem laços com os personagens. Foi o que aconteceu na novela Mulheres Apaixonadas, de autoria de Manoel Carlos, exibida pela Globo. O autor traçou o destino de Fernanda, interpretada pela atriz Vanessa Gerbelli, que despertou diversos sentimentos nos telespectadores.

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Todos estavam na expectativa para a cena. A Fernanda, mãe de Salete, estava num carro com Téo, com quem vivia um romance e era pai de pequena. Os dois foram surpreendidos por um engarrafamento e uma intensa troca de tiros. No meio engarrafamento, ele saiu para ver e, quando retornou, tomou o primeiro tiro e, na sequência, chegou a vez de Vanessa Gerbelli emocionar com a cena que comoveu um país todo.

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Exibida num sábado, a cena parou o Brasil. Todos os olhares estavam atentos para a cena mais importante de Mulheres Apaixonadas. O capítulo da tragédia, a novela registrou 48 pontos de média, o que acabou alavancando os índices do capítulo seguinte, na segunda-feira, que quase atingiu 60, segundo dados do Ibope.

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Em entrevista para o Memória Globo, Tony Ramos, que viveu o Téo, falou sobre a gravação que, assim como na TV, prendeu atenção das pessoas no dia de gravação.

“Havia plateia, era como um circo romano, como se fosse uma arena. A Fernanda recebeu o tiro, caiu. Eu também fui baleado. Silêncio na rua. O diretor pegou o microfone e falou: ‘Para mim valeu, muito obrigado a todos!’. As pessoas começaram a aplaudir, como no teatro romano. Foi um momento absolutamente indescritível. Eu vi a compreensão popular, a cumplicidade popular, as pessoas acompanhando aquela novela, querendo ver aquela cena”, disse ele.

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A cena, que deixou Salete, interpretada por Bruna Marquezine, órfã, foi tão marcante que fez mudar o estatuto do desarmamento no Brasil, aprovado no final de 2003 e regulamentado no ano seguinte. Ainda na novela, Manoel Carlos exibiu uma passeada com personagens e pessoas comuns, que pediam mais paz e menos violência.

Relembre a cena:

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