Vinho brasileiro: ame ou deixe-o?
Nossos hábitos de consumo de vinhos. Conheça o mercado brasileiro de vinhos.
• Atualizado
Chegada a semana em comemoração à Independência do Brasil, nada melhor do que falarmos um pouco sobre nossos hábitos de consumo de vinhos. Escolha um bom vinho (brasileiro, de preferência) e nos acompanhe!
Que vinho o brasileiro mais bebe?
Em síntese, um pouco mais de 50 % do que se consome no Brasil é vinho de mesa, de uvas americanas. Já falamos sobre o assunto, mas convém lembrar: são aqueles vinhos de uvas que são muito boas para sucos, geleias, consumo in natura, mas não produzem grandes vinhos, com potencial de envelhecimento e muitas virtudes.
São vinhos simples, diretos, normalmente menos alcoólicos e mais frutados, talvez os que mais lembrem “gosto de uva”, isso porque são feitos em grande parte exatamente daquelas uvas que compramos para consumir, como Isabel e Niágara.
Um doce país…
Provavelmente, nossas raízes, que bem poderiam ser da própria cana-de-açúcar, nos fazem um povo com absoluta predileção pelo doce. Há açúcar em tudo, e em quantidades um tanto altas. Grande parte dos vinhos preferidos pelos brasileiros não fogem à regra, recebendo generosas quantidades de açúcar antes do engarrafamento, para alegria de boa parcela dos consumidores.
Também já falamos sobre, mas não custa lembrar que não há nada de ilegal nisso, e que a bebida não deixa de ser vinho. É uma questão de gosto, e provavelmente aqueles que apreciam as grandes qualidades do néctar de Baco o preferem sem açúcar, já que este “distrai” o paladar e o faz perceber menos os demais componentes.
As estatísticas específicas não são fartas, mas uma simples análise das prateleiras dos grandes supermercados dá a dimensão de quanto o vinho suave representa dentre os vinhos de mesa, e por consequência, do quanto impacta no consumo total de vinhos pelo brasileiro.
Nem só de vinho comum e suave vive o brasileiro
Claro que também se consomem vinhos finos, de uvas europeias, incluindo alguns em versão demi-sec e suave. Claro está, também, que são consumidos vinhos secos. É muito provável que os consumidores mais experientes e mais apreciadores andem nesta trilha, degustando vinhos mais complexos e com maior valor agregado, o que se reflete no preço pago por garrafa.
E na aquarela do Brasil…
Apesar de ser um país predominantemente quente na maior parte do seu território e das estações, não são as opções refrescantes que predominam. Brancos, rosés e espumantes são a minoria do que é consumido, e os tintos respondem por, no mínimo, cerca de 70 %, a depender da categoria de vinho que é analisada, podendo chegar a cerca de 90 % quando o assunto é vinho de mesa.
Os vinhos brancos, no entanto, têm apresentado bom crescimento, e dentre os vinhos finos brasileiros, a categoria que mais cresce é a de rosés, seguida de perto pelo vinho branco. Ainda assim, isso se reflete pouco no posicionamento do vinho branco na disputa de mercado frente aos consumidores, inclusive porque os tintos também experimentam aumento variável nas diferentes categorias. Na semana que vem, continuaremos a explorar o mercado brasileiro de vinhos. Até lá!
Santé!
por Jucelio K. Medeiros
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