Dolmar Frizon

É colaborador da Fecoagro e editor-chefe do programa Cooperativismo em Notícia, veiculado pelo SCC SBT. Foi repórter esportivo por 22 anos.


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Dolmar Frizon

Brasil exporta 49% mais peixes em 2021 do que no ano anterior

Os principais destinos do peixe brasileiro exportado em 2021 foram Estados Unidos, Colômbia e China

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Foto: Divulgação.
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As exportações da piscicultura brasileira continuam crescendo fortemente, segundo boletim periódico elaborado pela Embrapa Pesca e Aquicultura, de Palmas (TO), em parceria com a Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR), divulgado recentemente. Em volume, os números foram 9,9 mil toneladas em 2021 e 6,7 mil toneladas no ano anterior, alta de 49%. E em receita, foram US$ 20,7 milhões contra US$ 11,7 milhões em 2020, crescimento de 78%.

“Esse forte aumento das exportações verificado em 2021 reflete uma tendência de crescimento que vem acontecendo nos últimos anos. Particularmente em 2021 houve uma influência do dólar valorizado e também uma retração da demanda no mercado interno, o que fez com que algumas empresas orientassem suas vendas para o exterior”, explicou Manoel Pedroza, pesquisador da Embrapa Pesca e Aquicultura na área de economia aquícola.

Comparando-se os dois crescimentos – 78% na arrecadação e 49% no volume, percebe-se que o valor médio do peixe brasileiro exportado foi maior ano passado do que em 2020. Segundo Pedroza:

“Isso se deu principalmente devido ao crescimento das vendas de filés congelados, que aumentaram 573% em 2021. Esse produto possui o segundo maior valor agregado entre os produtos da piscicultura, após os filés frescos”.

Os principais destinos do peixe brasileiro exportado em 2021 foram Estados Unidos (com 64% de participação), Colômbia (9%) e China (8%), restando 19% divididos entre todos os demais países compradores. Detalhando as exportações para os Estados Unidos, as principais categorias foram peixes inteiros congelados (US$ 6,2 milhões), filés frescos ou refrigerados (US$ 5 milhões) e filés congelados (US$ 2 milhões).

A liderança dos Estados Unidos parece incontestável e dificilmente mudará, na visão do pesquisador:

“Apesar de haver uma tendência de diversificação dos destinos, é pouco provável que isso (alteração no principal comprador) aconteça no médio prazo. A reabertura do mercado europeu, fechado para as exportações brasileiras de pescado desde 2018, será fundamental para a ampliação dos destinos”.

A tilápia permanece como a espécie mais exportada pelo país, assim como lidera a produção nacional. Em 2021, foram 8,5 mil toneladas exportadas, gerando receita de US$ 18,2 milhões.

Com relação às categorias de produto de tilápia exportadas, as principais foram o peixe inteiro congelado (US$ 6,7 milhões) e o filé fresco ou refrigerado (US$ 5,4 milhões).

Mato Grosso do Sul, com 37% da receita financeira movimentada, e Paraná, com 34%, foram os principais estados exportadores de tilápia no ano passado.

Os números divulgados pelo Informe do Comércio Exterior têm como fonte o Comex Stat, portal do Ministério da Economia que divulga estatísticas relacionadas a comércio exterior. Editado a cada três meses, o informativo começou no início de 2020 e está na oitava edição.

Fonte: CarneTec

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