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Raro

Cirurgia no cérebro ajuda menino a controlar síndrome rara conhecida como “olho de tigre”

Através de campanhas na internet, os familiares arrecadaram R$ 660 mil para pagar a cirurgia

• Atualizado

Tamiris Flores

Por Tamiris Flores

Foto: Metrópolis
Foto: Metrópolis

Luan Cardoso Oliveira, de 10 anos, enfrenta dores incessantes, 24 horas por dia, devido a uma condição extremamente rara conhecida como síndrome de Hallervorden-Spatz. Essa síndrome afeta o cérebro e aparece nas imagens médicas como uma formação semelhante a um “olho de tigre”.

Descrita pela primeira vez em 1992, a síndrome é uma doença neurodegenerativa genética rara que interfere na maneira como o corpo processa o ferro. Isso resulta na produção de substâncias tóxicas, que causam descontrole dos movimentos e dores constantes, semelhantes a cãibras.

No caso de Luan, a síndrome também comprometeu o desenvolvimento cardíaco devido ao arqueamento excessivo do seu corpo para trás.

O diagnóstico de Luan foi feito apenas aos sete anos. Desde cedo, ele apresentava dificuldades leves para falar e caminhar, o que inicialmente levou os médicos a considerar um autismo leve. No entanto, com a piora dos sintomas, a família descobriu a verdadeira condição de Luan através de exames de imagem.

Em entrevista ao Metrópolis, Edilene Araújo, mãe de Luan, contou que o médico responsável pelo diagnóstico afirmou que não havia nada a ser feito além de medicamentos paliativos e que ele morreria assim. Sem aceitar essa decisão, a família procurou uma cirurgia capaz de reverter a condição.

Através de campanhas na internet, os familiares arrecadaram R$ 660 mil para pagar a cirurgia que pudesse controlar os sintomas. Este procedimento só havia sido realizado uma única vez, em 2021.

Cirurgia

O procedimento durou 11 horas e foi conduzido pela neurocirurgiã goiana Ana Maria Moura, com o auxílio de outros 14 profissionais, no Instituto de Neurologia de Goiânia (ING). Foram instalados dois eletrodos no cérebro do menino. Esses eletrodos funcionam como uma espécie de marcapasso cerebral, controlando os impulsos elétricos do cérebro e ajudando a modular os sinais da doença.

A melhora do quadro de Luan foi praticamente imediata após o procedimento. Ele conseguiu se sentar e até dançou com a equipe médica. “Estamos muito otimistas quanto à melhora na qualidade de vida do Luan e continuaremos acompanhando seu progresso de perto”, afirmou Ana Maria.

Olho de tigre

Metrópolis

*Com informação de Metrópolis

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