Assassino deixou recado após matar esposa flagrada com amante no motel
O suspeito publicou uma foto com a companheira e os dois filhos, de 8 e 4 anos.
• Atualizado
Cezar Valter, homem apontado de ser assassino da sua esposa Jaine Kochanski, de 28 anos, na madrugada desta sexta-feira (5), em Ponta Grossa, no Paraná, deixou um recado nas redes sociais da vítima após o crime. O crime teria acontecido após Cezar flagrar Jaine com outro homem em um motel da cidade.
O suspeito publicou uma foto com a companheira e os dois filhos, de 8 e 4 anos, e escreveu:
“Cezar falando aqui. Eu não sou uma pessoa ruim, todos que viveram comigo sabem disso. Eu perdoei uma vez porque a Jaine falava que me amava muito. Hoje mesmo, antes de sair de casa, me encheu de beijos e foi na casa da amiga. Quando eu descubro ela está em um motel. Isso acabou comigo, eu acredito que não irei viver, mas peço que me perdoem, meu erro foi amar incondicionalmente, foi estar sempre lá quando ela precisava, foi sempre dar o melhor pra nossa família. Sempre desejei o melhor pra nos e tudo acabou hoje”, escreveu.
Leia Mais
Como o crime aconteceu
Na madrugada desta sexta-feira (05), Cezar teria matado esposa a facadas após flagrar ela em um motel com o amante em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná.
A mulher foi identificada como Jaine Kochanscki, de 28 anos, ela foi morta dentro de casa pelo companheiro. Após ele ver a esposa no motel com outro homem, eles voltaram para a residência para conversar.
No entanto, durante a conversa, o homem matou a esposa a facadas. Os filhos do casal estavam na casa quando o crime ocorreu. Após, Cezar Valter deixou uma mensagem na rede social da companheira alegando que não é uma pessoa ruim. Ele deixou os filhos com vizinhos e depois fugiu do local. Até o momento, ele não foi encontrado.
Feminicídio
O feminicídio é a expressão fatal das diversas violências que podem atingir as mulheres em sociedades marcadas pela desigualdade de poder entre os gêneros masculino e feminino e por construções históricas, culturais, econômicas, políticas e sociais discriminatórias.
A subjugação máxima da mulher por meio de seu extermínio tem raízes históricas na desigualdade de gênero e sempre foi invisibilizada e, por consequência, tolerada pela sociedade. A mulher sempre foi tratada como uma coisa que o homem podia usar, gozar e dispor.”
Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, juíza de Direito do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
Essas desigualdades e discriminações podem se manifestar desde o acesso desigual a oportunidades e direitos até violências graves – alimentando a perpetuação de casos como os assassinatos de mulheres por parceiros ou ex que, motivados por um sentimento de posse, não aceitam o término do relacionamento ou a autonomia da mulher; aqueles associados a crimes sexuais em que a mulher é tratada como objeto; crimes que revelam o ódio ao feminino, entre outros.
*Com informações da Agência Patrícia Galvão.
>> Para mais notícias, siga o SCC10 no Twitter, Instagram e Facebook.
Quer receber notícias no seu whatsapp?
EU QUERO