‘Vovó Nazista’ de 95 anos retorna ao tribunal da Alemanha para julgamento
Uma figura controversa e recorrente nos noticiários policiais alemães, Reinhard Haverbeck, apelidada de "vovó nazista"
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Uma figura controversa e recorrente nos noticiários policiais alemães, Reinhard Haverbeck, apelidada de “vovó nazista” pela imprensa local, está mais uma vez enfrentando a Justiça por suas declarações negacionistas sobre o Holocausto.
O caso remete a abril de 2015, quando Haverbeck fez declarações à margem do julgamento do ex-membro da SS Oskar Gröning, conhecido como o “contador de Auschwitz”. Ela afirmou aos jornalistas que Auschwitz não era um campo de extermínio, mas sim um campo de trabalho, e posteriormente, em uma entrevista televisiva, negou o extermínio em massa ocorrido no local.
Essas afirmações resultaram em sua condenação em 2015 a 10 meses de prisão, sentença que agora está sendo objeto de um recurso, quase nove anos após o veredicto inicial.
Reinhard Haverbeck, residente na Renânia do Norte-Vestfália, enfrentou repetidas vezes a Justiça ao longo de duas décadas por incitação. Em seus pronunciamentos, ela insistiu na ideia de que Auschwitz não foi um campo de extermínio, desafiando os historiadores e chamando o Holocausto de “a maior e mais sustentada mentira da História”.
Sua disseminação de desinformação a tornou uma figura popular entre grupos neonazistas alemães. Reinhard e seu falecido marido, ambos ex-membros ativos do Partido Nazista, fundaram um centro educacional de extrema direita, o Collegium Humanum, fechado em 2008.
A legislação alemã considera a incitação ao ódio como uma infração penal, especialmente quando se trata da negação ou banalização do Holocausto. Essa prática pode resultar em penas que variam de multas a até cinco anos de prisão.
*Com informações do Terra
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