Em São José, pré-candidatos a prefeito apostam em cabos eleitorais “importados”
Adeliana e Orvino querem sensibilizar o eleitor de Jair Bolsonaro
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Não fosse a guerra entre Orvino de Ávila (PSD) e Adeliana Dal Pont (PL) uma disputa entre ex-aliados, o maior tempo nas duas pré-candidaturas à prefeitura de São José tem sido gasto com padrinhos externos, gente que não vota em São José, mas que os estrategistas garantem ser a maneira mais fácil de influenciar o eleitorado. Orvino usa e abusa de João Rodrigues (PSD), prefeito de Chapecó, que salga a adversária do colega josefense e afirma que não precisa ter um “22 na testa” para ser bolsonarista.
Dia desses, Orvino, que gosta de aparecer com um fuzil na mão, não se furtou ao ter uma foto divulgada em que aparece ao lado, entre outros, do prefeito Topázio Neto (PSD), de Florianópolis, e do governador Jorginho Mello (PL), para registrar que ele foi à palestra do ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, só para reforçar que Adeliana não apareceu ou não foi convidada para o almoço. Aliás, o “mantra” eleitoral de Orvino é ainda o de que a adversária foi vetada no palco por Jair Bolsonaro, na recente passagem do ex-presidente por um clube de tiro na cidade, em abril, mas o prefeito não fala que ele, sendo um pessedista, nem poderia passar por perto do almoço restrito a filiados do Partido Liberal.
Adeliana também tem procurado mostrar que o desejo de alguns não se confirma nem dentro nem fora do PL. A pré-candidata tem intensificado encontros com grupos de jovens do partido e buscado apoios externos, como na gravação que fez ao lado do deputado federal Zé Trovão, um autêntico conservador, que pede voto para ela. A repercussão de muito disso também fica longe de São José, com frases emplacadas em colunas do jornal O Globo ou no site O Antagonista.
Tudo indica que Orvino e Adeliana estão a fazer uma pré-campanha para eleitores fora de São José ou do Brasil. Não só para convencer quem vota, mas para dizer quem é o “dono” da imagem de Bolsonaro no quarto maior colégio eleitoral catarinense. Não faz muito tempo, disputaram quase “a tapa” um pedaço do ex-presidente em publicações nas redes sociais, embora exista uma determinação dentro do PL de que haverá punição para o filiado que fizer campanha para candidato de outro partido onde a sigla tiver uma chapa com 22 à frente.
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