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LIBERDADE PROVISÓRIA

Defesa pede liberdade provisória dos pais do caso “Ame Jonatas”

Os pais de Jonatas Openkoski foram presos na última quarta-feira (22)

• Atualizado

Sarah Falcão

Por Sarah Falcão

Foto: redes sociais
Foto: redes sociais

O advogado de Renato e Aline Openkoski, conhecidos pela campanha AME JONATAS, presos na última quarta-feira (22) em Joinville, solicitou liberdade provisória, nesta quinta-feira (23). O casal foi condenado por estelionato e apropriação em 2022. Segundo a Justiça, o casal se apropriou indevidamente dos recursos destinados ao tratamento da criança para fins pessoais.

Em um vídeo enviado ao SCC10, o advogado do casal solicitou a liberdade provisória do casal após a prisão.

“Houve uma audiência de custódia no dia de ontem em que foram ouvidos os réus. No dia de hoje (23) foi efetuado um pedido de relaxamento de prisão para a obtenção de liberdade provisória. O fundamento seria no caso da mãe da criança ter outros filhos fora o Jonatas. E também primários, bons antecedentes com endereço e trabalho fixo contra o outro corréu”, disse o advogado.

Prisão

Os pais de Jonatas Openkoski, conhecidos pela campanha AME JONATAS, foram presos na quarta-feira (22), em Joinville.

Os pais teriam fugido de Balneário Camboriú e estavam escondidos num imóvel no bairro Morro do Meio. Jonatas faleceu em 2022, quando sofreu uma parada cardíaca.

Durante os seus cinco anos de vida, o menino tratou de uma doença rara, a Atrofia Muscular Espinhal (AME). As investigações da Campanha “Ame Jonatas” iniciaram em 2018, por um pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

Condenação dos pais de Jonatas

Os pais do menino Jonatas, diagnosticado em 2017 com Atrofia Muscular Espinhal (AME), foram condenados a 70 anos de prisão por estelionato e apropriação em Joinville. De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina, o casal teria utilizado o dinheiro destinado ao tratamento do menino para fins pessoais.

O casal também foi condenado ao pagamento das custas processuais e a indenização no valor de R$ 178.176,25, que seria destinado a Jonatas e a uma entidade social que atua nos cuidados e tratamentos de crianças com AME.

Campanha “Ame Jonatas”

A campanha “Ame Jonatas” foi criada pelos réus com o objetivo de arrecadar fundos para o tratamento do filho, diagnosticado como portador da doença do tipo 01. O procedimento para ele indicado era a vacina Spinraza, que custava cerca de R$ 3 milhões.

De acordo com o Ministério Público, a campanha mobilizou Joinville e teve alcance nacional e até internacional. Porém, os pais da criança utilizaram parte do valor arrecadado para compra de serviços e bens de uso pessoal.

O casal também possuía uma rede de venda de camisetas vinculada à campanha, que seria revertida para tratamento de Jonatas. Porém, a quantia levantada pela empresa não justificava os gastos dos réus.

O pai da vítima foi condenado a 44 anos e 29 dias de reclusão, em regime fechado, além de multa. Já a mãe de Jonatas foi condenada a 26 anos, 11 meses e 13 dias de reclusão, em regime fechado, além de multa. Foi concedido aos réus o direito de recorrer em liberdade.

O juiz Paulo Eduardo Farah também determinou que os objetos de uso pessoal deverão ser leiloados ou doados para entidades beneficentes de Joinville. “Os bens de alto valor financeiro ou social como, por exemplo, as camisetas e instrumentos musicais fornecidos à campanha por atletas e artistas famosos, deverão obrigatoriamente ser repassados para outras campanhas públicas assistenciais”, apontou o magistrado.

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