PRF leva suprimentos para tribo indígena ilhada no RS
A tribo Mbyá-Guarani fica em um local isolado e de difícil acesso em Porto Alegre
• Atualizado
Nesta quarta-feira (15), policiais rodoviários federais levaram suprimeitos para uma tribo indígena localizada às margens do Rio Guaíba, em Porto Alegre. Conforme a PRF, os agentes são do Núcleo de Operações Especiais (NOE) de Santa Catarina, que estão no Rio Grande do Sul há quase duas semanas. A tribo Mbyá-Guarani fica em um local isolado e de difícil acesso no bairro Belém Novo.
Com apoio da FUNAI, do grupo Greenpeace (organização ambiental) e Prefeitura de Porto Alegre, os agentes entregaram diversos remédios, 25 cestas básicas, 10 colchões, 200 litros de água potável e dois fardos com cobertores e roupas de cama. Segundo o Cacique, boa parte das casas da aldeia foi atingida e a tribo estava quase sem suprimentos. Uma médica acompanhou a equipe e realizou atendimentos na comunidade.
O NOE é o grupo especializado da PRF em SC responsável por atender demandas de maiores complexidades e alto risco, bem como apoiar a outros órgãos no combate ao crime e situações especiais como a tragédia que abateu o Rio Grande do Sul.
Quinze quilombos estão totalmente isolados no RS
Todas as cerca de 6,8 mil famílias quilombolas do Rio Grande do Sul foram afetadas pelas chuvas e enchentes que assolam o estado. Das cerca de 170 comunidades formadas por remanescentes de escravizados no estado, quinze estão completamente isoladas. A esses quilombos só se chega de barco ou de helicóptero, segundo levantamento da Coordenação Nacional da Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq).
O coordenador da organização na Região Sul, José Alex Borges Mendes, de 47 anos, contou nesta quinta-feira (16) à Agência Brasil que, em diversas comunidades, famílias perderam casas e estão alojadas em residências de parentes ou amigos. No caso das comunidades não totalmente isoladas, as estradas estão muito danificadas e o acesso é difícil.
“[Está] chovendo muito ainda. O rio sobe e baixa um pouquinho e sobe de novo. Todas as comunidades atingidas estão isoladas por conta das barreiras do trânsito. Todas elas estão enfrentando dificuldades por conta das pontes que caíram e das estradas. A água terminou com tudo”, lamentou a liderança quilombola.
José Alex é do quilombo de Armada, no município Canguçu (RS), onde vivem 60 famílias. Em todo o município, são 16 comunidades que somam 600 famílias.
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