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História de filme!

Vítima de tráfico de pessoas, moradora da Hungria tenta reencontrar família na Serra de SC

Após 35 anos, a brasileira conseguiu encontrar seu irmão biológico

• Atualizado

Carolina Sott

Por Carolina Sott

Foto: Arquivo pessoal/Cedido à Rádio Clube de Lages
Foto: Arquivo pessoal/Cedido à Rádio Clube de Lages

Com a colaboração de Evandro Gioppo

A história de Lusiana Goldman, uma brasileira de 35 anos que atualmente mora na Hungria, na Europa, parece enredo de filme. Ela conta que, ainda quando era uma bebê de apenas três meses de idade, foi levada para o Paraguai e, em seguida, para Israel, possivelmente vítima de adoção ilegal e tráfico de crianças.

As informações que Lusiana conseguiu apurar indicam que o tráfico ocorreu no ano de 1988, quando ela tinha apenas três meses de vida. Tudo o que ela possui desse período são um documento de nascimento com registro na cidade de Lages e um par de brincos, como lembranças de sua infância.

Hoje, com uma família constituída e mãe de cinco filhos, Lusiana nunca desistiu de buscar suas raízes e descobrir sua verdadeira história. Desde a adolescência, ela compartilha sua história nas redes sociais. Mas até então, ela não havia conseguido encontrar nenhum membro de sua família biológica.

Entretanto, a insistência finalmente teve um novo capítulo nos últimos dias, quando ela teve um encontro emocionante com seu irmão gêmeo, Offer Waron. Segundo ela, isso foi possível graças a um banco internacional de dados genéticos, onde o próprio irmão realizou uma busca na tentativa de reencontrar sua família, e o exame apontou a familiaridade com ela.

Veja o momento do reencontro:

Nesta quinta-feira (02), Lusiana compartilhou sua história em uma entrevista ao comunicador Evandro Gioppo, da Rádio Clube de Lages. Embora ela fale apenas inglês e hebraico, seu amigo, Lior Vilk, que também foi vítima de tráfico de crianças, auxiliou na tradução simultânea durante a entrevista. 

Durante a conversa, ela afirmou que, em relação aos dados obtidos nos bancos internacionais, possui total confiança no processo, e destacou que esses bancos funcionam a partir de amostras de saliva, não de sangue. Segunda ela, não há necessidade de realizar outro exame para confirmar o que, para ela, já foi confirmado.

Sobre o reencontro com seu irmão, Lusiana descreveu a experiência como incrível, especialmente após 35 anos separados. “Ele entende tudo que eu vou falar. Sinto que estamos muito conectados”. Graças a esse reencontro, a brasileira teve a oportunidade de ver uma foto dos dois irmãos juntos ainda bebês. Veja:

Foto: Arquivo pessoal/Cedido à Rádio Clube de Lages

No entanto, a questão dos documentos de identificação dos dois gerou questionamentos. Lusiana explicou que seus documentos contêm informações do Estado de Santa Catarina, enquanto os documentos de Offer, seu irmão, indicam o Rio de Janeiro. Essa diferença nas informações levanta questões sobre a história deles e sua possível origem.

Durante a entrevista, o irmão gêmeo contatou o amigo tradutor e a irmã e ofereceu aos brasileiros a quantia de 2 mil dólares para auxiliar na busca pela mãe deles. Além disso, eles lançaram um apelo para que todas as mães que tiveram gêmeos separados procurem por eles para realizar um teste de DNA, que será custeado por Offer e Lusiana. Se você souber de alguma informação que possa ajudar na busca, contate a reportagem da Rádio Clube de Lages através do telefone (49) 3221-3102 ou, por meio do Portal SCC10, na aba “Fale Conosco”.

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