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Mandato

Preso na Operação Mensageiro, prefeito de Itapoá renuncia ao cargo

Marlon Neuber foi preso em dezembro de 2022

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Reprodução | Instagram
Foto: Reprodução | Instagram

Preso preventivamente na Operação Mensageiro, o prefeito de Itapoá, no Litoral Norte de Santa Catarina, Marlon Neuber, renunciou ao mandato nesta segunda-feira (3). A renúncia foi formalizada em carta encaminhada à Câmara de Vereadores Municipal e publicada no Diário Oficial do município.

O agente público foi preso em dezembro de 2022, ao retornar de férias. Atualmente, ele passa por um processo de impeachment na casa legislativa, com base nas acusações da investigação que apura fraude em licitações no setor de coleta de lixo no Estado.

Presidente da Câmara, Vereador Fernando dos Santos Silva (MDB), emitiu um decreto legislativo em resposta à renúncia do prefeito Neuber, oficializando sua saída. O referido decreto também estabelece os procedimentos para a sucessão no cargo, que atualmente é ocupado pelo prefeito Jeferson Rubens Garcia.

O documento também aborda a extinção do mandato e o cargo vazio de prefeito devido à renúncia. Em decorrência disso, o vice-prefeito Jeferson Rubens Garcia assume definitivamente o cargo, assumindo a responsabilidade de cumprir o restante do mandato 2021/2024.

Prefeito de Itapoá admitiu que recebeu propina

Por Roberto Azevedo

No depoimento que prestou no Fórum de Joinville, nesta terça-feira (30), o prefeito de Itapoá, Marlon Neuber (PL), que está desde dezembro do ano passado preso na Operação Mensageiro, confirmou que recebeu propina da empresa investigada, a Serrana Engenharia, no valor de R$ 460 mil, inclusive os R$ 180 mil apreendidos na casa dele, durante a prisão.

Os repasses foram feitos entre 2017 e 2022 e seriam parte de um acordo ilícito para garantir os contratos de coleta de lixo.

Neuber é o primeiro prefeito que virou réu, entre outros sete e um vice, mais um vereador — ao todo 16 prefeitos foram presos —, que prestou depoimento.

O contato entre prefeito e a empresa teria começado em 2016, afirma Neuber, quando era candidato e já teria recebido a doação de R$ 150,00.

Com o dinheiro da propina, o prefeito Marlon Neuber disse que comprou um imóvel e usou o restante para compromissos pessoais e sociais, bem como garantiu parte dos R$ 120 mil por mês para a campanha de 2018.

A defesa de Neuber não irá se manifestar pelo processo correr em segredo de justiça.

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