Temos que reagir contra a violência
Não há como não exigir um posicionamento forte das autoridades
• Atualizado
Estamos perplexos, sem palavras ou cheios de pensamentos de revanche, natural diante de enorme barbárie verificada na Escola Cantinho Bom Pastor, no bairro Velha, em Blumenau, pelas mãos de um monstro que seifou quatro vidas indefesas e feriu outras cinco crianças.
A indignação que nos consome agora deve dar lugar ao esclarecimento, à investigação profunda dos fatos, do autor desta tragédia, da motivação dele, acompanhada de uma ampla discussão nacional sobre a segurança nas escolas, aliás, sobre a segurança no Brasil.
Há uma cultura do ódio que cresce na sociedade, alimentada por radicalismos, o que torna a primeira reação a fatos abjetos como este raivosa. O caminho não é fácil, exige enorme investimento em inteligência e monitoramento na tentativa de antecipar atos premeditados, urdidos por quem perdeu o respeito à condição humana.
Reação legislativa tornou-se tardia diante dos fatos
Há quase dois anos, um indivíduo invadiu uma creche em Saudades, no Oeste e matou três bebês e duas professoras, mas uma sequência de recursos e estratégias adiou o julgamento, com júri popular, que ainda não tem data marcada.
Agora, uma escola em Blumenau viveu as mesmas cenas de terror, uma dor que não acabará tão cedo. Tudo deve estar em discussão, do combate sem trégua às penas mais duras, pedagógicas, que influenciem qualquer um no sentido de que não será beneficiado por subterfúgios ou privilégios jurídicos.
Nada ficará de fora desta análise que precisa envolver a sociedade e o Congresso Nacional, autoridades do Executivo de todas as esferas.
Aparato de segurança em Blumenau
O governador Jorginho Mello (PL) cancelou uma agenda em Joinville e seguiu para Blumemau, onde foi à escola, conversou com o o prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) e com o presidente do Sebrae e ex-prefeito Décio Lima (PT), que representava o presidente Lula, acompanhado da mulher, a deputada federal Ana Paula Lima (PT).
A força política estava instalada, mas a de segurança também, com as presenças do delegado-geral de Polícia Civil, Ulisses Gabriel, e do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Aurélio José Pelozato da Rosa, com a árdua missão de acompanhar os passos do autor da tragédia.
Há um sentimento de impotência quando nos deparamos com um crime como este, sem esquecer que a amarga lição e suas consequências devem nos levar a reagir contra a violência, com força.
Confira comentário político:
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