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Puxão de orelha: Lula diz que não quer surpresas de ministros

Para presidente, programas devem ser discutidos para que não sejam anunciadas políticas que podem não ser cumpridas

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Lula quer que ministros não anunciem programas sem sua anuência | Foto: EBC
Lula quer que ministros não anunciem programas sem sua anuência | Foto: EBC

Em reunião com ministros no Palácio do Planalto nesta terça-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou a atenção dos ministros para que não seja anunciada publicamente nenhuma política pública que ainda não tenha passado pela Casa Civil, comandada por Rui Costa, e pela Presidência da República.

De acordo com Lula, a medida mantém a unidade do governo e diminui as chances de serem prometidas políticas que não podem ser cumpridas. 

Segundo Lula, o governo iria dizer aos ministros quais medidas foram anunciadas ao público, antes de passarem pela Casa Civil, em parte da reunião fechada à imprensa, e que isso “não pode se repetir”. No puxão de orelha, o presidente ainda disse que até mesmo “genialidade” que um ministro possa ter, não deve ser anunciada sem a anuência dele. 

“Nós não queremos propostas de ministros. Todas as propostas de ministros deverão ser transformadas em propostas de governo e só serão transformadas em proposta de governo quando todo mundo souber o que vai ser decidido. Por isso que é importante toda e qualquer posição, qualquer genialidade que alguem possa ter, é importante que antes de anunciar, faça uma reunião com a Casa Civil, para que a Casa Civil discuta com a Presidência da República, para que a gente possa chamar o autor da genialidade pra anunciar publicamente, para que seja uma coisa do governo, para que esteja de acordo com os Ministérios, que esteja de acordo a Fazenda, com o Planejamento, porque assim é que a gente cria as condições motivadoras de todo mundo concordar com a política que foi anunciada”, disse. 

Para Lula, a dinâmica é fundamental para que o governo tenha o controle financeiro dos programas, porque, para ele, é importante que o governo não prometa o que não pode cumprir. 

“Eu queria que vocês tivessem certeza que, do ponto de vista da Presidência e da Casa Civil, vocês terão todo o apoio, combinando com o Haddad e com a Simone, que cuidam do caixa, para que a gente não erre, para que a gente não prometa o que não possa cumprir, para que a gente faça só o que está dentro da nossa possibilidade”, afirmou. E que “se tiver que arriscar alguma cosa, a gente tem que arriscar com viés de acerto acima de 80%, porque a gente não pode correr o risco de anunciar algo que não vai acontecer”.

Anúncios futuros

O presidente diz estar certo de fazer mais anúncios de programas em breve.

“Já anunciamos o Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar), a merenda escolar, estamos trabalhando na perspectiva de anunciar o grande programa de escola integral com as crianças brasileiras. Eu pretendo viajar com o ministro da Educação (Camilo Santana) por alguns estados do país para fazer anúncios, retomar escola técnica, retomar algumas universidades que estão paralisadas”, afirmou.

O presidente ainda criticou o formato atual de escolas públicas, que classificou como”caixotes” e disse que vai buscar criar unidades maiores para que as crianças consigam ter mais atividades durante o dia, no formato integral. Para Lula, gastar mais não significa prejuízo.

“Eu acho que o povo merece essas coisas de qualidade. Ela (escola) vai custar um puco mais caro do ponto de vista econômico, mas vai ser mais barato do ponto de vista do lucro que nós vamos ter com o aprendizado da meninada e da qualidade da educação que eles vão ter”, falou.

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