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Câncer colorretal

Câncer no intestino: saiba quais os sinais da doença e como prevenir

O câncer de intestino é o terceiro mais comum na população brasileira

• Atualizado

Redação

Por Redação

Imagem Ilustrativa. Foto: Reprodução | TV Brasil
Imagem Ilustrativa. Foto: Reprodução | TV Brasil

No início de janeiro, a cantora Preta Gil, de 48 anos, publicou um vídeo em suas redes sociais contando sobre o diagnóstico de um câncer no intestino, também chamado de câncer colorretal. Esse é o terceiro tipo de câncer mais comum na população brasileira. Conversamos com o cirurgião oncológico do Imperial Hospital de Caridade e professor adjunto no Departamento de Clínica Cirúrgica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Danton Spohr Corrêa, para explicar sobre a doença e seus tratamentos.

O Adenocarcinoma, câncer que surge de um tecido epitelial que contém glândulas, é o tipo mais frequente de câncer no intestino, explica o cirurgião oncológico. “Ele pode ser hereditário, responsável por aproximadamente 15% dos casos, e costuma se manifestar numa idade mais precoce. Também pode ser esporádico, onde os defeitos genéticos vão ocorrendo em células da superfície do intestino e o acúmulo gera o aparecimento de uma célula cancerígena, que se multiplica e se propaga”, afirma.

Os defeitos genéticos surgem devido à exposição a fatores ambientais, como alto consumo de carne vermelha, gorduras trans e álcool em excesso.

Quais os sintomas do câncer de intestino?

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), os sintomas mais frequentemente associados ao câncer do intestino são sangue nas fezes; alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados); dor ou desconforto abdominal; fraqueza e anemia; perda de peso sem causa aparente; alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas); tumoração abdominal.

Os sintomas variam de acordo com o local onde o tumor surge. “Tumores do lado direito podem se apresentar com diarréia, anemia e perda de peso. Já os do lado esquerdo, sangramento e mudança no calibre nas fezes, além da perda de peso”, esclarece o médico.

Prevenção

Além de hábitos de vida saudáveis, como a ingestão de frutas, verduras, fibras, e evitar o etilismo e tabagismo, a prevenção deve levar em conta o exame de colonoscopia de rotina. “Recomendo aos pacientes a realização da primeira colonoscopia com 45 anos de idade. Se estiver normal, a cada cinco anos o exame deve ser repetido. Caso haja alguma alteração, a recomendação deve ser individualizada de acordo com cada caso”, afirma.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito através de colonoscopia. Quando realizada de forma preventiva, é possível identificar pólipos que podem ser removidos antes de virarem o câncer. Na maioria dos casos, os pólipos são assintomáticos, e normalmente a remoção é feita no momento do exame. Quando o exame é feito para investigar sintomas, é possível encontrar lesões mais avançadas. Nesse caso, deve ser feito o envio para a biópsia.

Existe uma idade de risco?

A idade tem influência. No caso dos tumores esporádicos, o risco aumenta conforme a idade. No caso dos tumores hereditários, a idade de surgimento pode ser mais precoce.

“Famílias com mais de três casos, sem saltar gerações, parentes de primeiro grau, e com um dos casos com idade inferior a 40 anos, deve se pensar em tumor hereditário. Essas famílias precisam ser investigadas e fazer pesquisa de mutações específicas”, diz.

Tratamento

Segundo o médico, existe cura para a doença, e o tratamento pode requerer cirurgia, quimioterapia, e, se o tumor for mais próximo do ânus, radioterapia.

Cirurgia robótica como opção de tratamento

A cirurgia robótica, um dos serviços oferecidos pelo Imperial Hospital de Caridade, é uma das opções para tratar esse tipo de tumor. O doutor Danton Corrêa explica que a definição da imagem é melhor e o procedimento menos invasivo.

“Na cirurgia robótica consigo ver em três dimensões, e o movimento que o robô faz é muito delicado e pouco invasivo. Além disso, é possível operar em ângulos inviáveis com um instrumento convencional. A tração da pinça na parede abdominal também é menor, reduzindo a dor e acelerando a recuperação”, conclui.

Veja a reportagem

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