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Júri Popular

Caso Rafael: inicia júri de mãe acusada de matar filho no RS

Julgamento de Alexandra Dougokenski, que acontece na Comarca de Planalto, deve durar até cinco dias

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: SBT News/Reprodução
Foto: SBT News/Reprodução

Começou, nesta segunda-feira (16), o julgamento de Alexandra Dougokenski, de 35 anos, em Planalto — cidade de 10 mil habitantes, no interior do Rio Grande do Sul. Alexandra é acusada de assassinar o filho, Rafael Mateus Winques, em 2020, quando o menino tinha 11 anos. Em março de 2022, estava previsto o júri popular, porém a defesa da ré abandonou a sessão e o julgamento foi anulado. 

O julgamento acontece no Salão do Júri da Comarca de Planalto e é presidido pela Juíza de Direito Marilene Parizotto Campagna. Pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), atuam em plenário os promotores de Justiça Michele Dumke Kufner, Diogo Gomes Taborda e Marcelo Tubino Vieira. Na assistência de acusação, o advogado Daniel Figueira Tonetto. E pela defesa, o advogado Jean Severo. 

Expectativas

Alexandra chegou na Comarca de Planalto por volta das 8h15. Promotores e advogados da ré também chegaram cedo no local do julgamento.

Jean Severo, advogado de Alexandra, disse à reportagem do SBT News que hoje não vai embora e que tem provas que envolvem Rodrigo Winques, pai do garoto, na morte do filho. Em março de 2021, o júri foi anulado após a defesa da ré abandonar o plenário.

O promotor Diogo Taborda disse, na chegada ao local do júri, que espera que Alexandra seja condenada com a pena máxima. “Se, com todas as qualificadoras, Alexandra não pegar pena máxima, ninguém mais pega no Brasil”, afirmou.

Passo a passo do júri

O julgamento pode durar até cinco dias. Onze testemunhas serão ouvidas. Após as oitivas, será o interrogatório da ré, seguido da acareação entre Alexandra e o pai de Rafael, Rodrigo Winques. 

A acareação é um procedimento previsto no Código de Processo Penal (art.229). O objetivo é confrontar as versões das partes para desvendar o que teria acontecido na noite do crime. Isso porque a defesa de Alexandra alega que o pai do garoto é o responsável pelo assassinato, ainda que, inicialmente, Alexandra tenha confessado o crime. 

Após a acareação, o julgamento seguirá para a etapa de debates. O Ministério Público e a defesa de Alexandra terão 1h30 cada. Ainda estão previstas duas horas totais para a réplica e tréplica.

O crime

Rafael desapareceu na noite do dia 15 de maio de 2020. Moradores da cidade se mobilizaram, junto com a mãe do garoto, para encontrar pistas do paradeiro do menino. Dez dias após o sumiço, veio a reviravolta no caso. Alexandra confessou à polícia ter matado o filho. O corpo estava escondido dentro de uma caixa de papelão, coberto por retalhos de tecidos, na casa de um vizinho. 

Conforme a denúncia, na noite do crime, Alexandra estava sozinha em casa com seus dois filhos. Ela teria dado dois comprimidos de Diazepam ao menino, após uma discussão pelo uso excessivo do celular e de jogos online. Horas depois, verificando que a resistência da criança estava reduzida em razão do medicamento, e munida de uma corda, voltou ao quarto e estrangulou o filho.

Alexandra segue presa. Ela responde pelos crimes de homicídio qualificado (motivo torpe, motivo fútil, asfixia, dissimulação e recurso que dificultou a defesa), ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual.

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