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Cirurgião é suspeito de provocar mortes e lesões graves em pacientes

Justiça do Rio Grande do Sul determinou o afastamento do médico pelo prazo de 180 dias

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Imagem Ilustrativa. Foto: Pixabay | Banco de Imagens | Via: TJSC
Imagem Ilustrativa. Foto: Pixabay | Banco de Imagens | Via: TJSC

O cirurgião João Batista do Couto Neto, de 46 anos, se apresentou à polícia na tarde desta terça-feira (13). Acompanhado de advogados, o médico permaneceu em silêncio.

“Eram cirurgias invasivas, teoricamente simples de serem feitas, mas que geravam um dano totalmente diferente como consequência dessa cirurgia. Por exemplo, ia operar uma hérnia, e resultava em uma lesão no intestino”, relata o delegado responsável pelo caso, Tarcísio Kaltbach.

A polícia pediu, mas a Justiça do Rio Grande do Sul negou a prisão do médico. No entanto, determinou que o cirurgião fique afastado das funções por 180 dias, e que não se aproxime de pacientes ou testemunhas.

João Batista é investigado por pelo menos 5 mortes e lesões graves a pacientes. O inquérito ouviu 15 pessoas com acusações contra o cirurgião, além de parentes de pessoas que morreram logo após procedimentos.

Foi o caso de uma mulher, que retirou pedras da vesícula, sem qualquer exame prévio. Ela teve o intestino perfurado, passou por mais 5 cirurgias com o mesmo médico, e acabou morrendo. Outra paciente descobriu, através do plano de saúde, que João Batista cobrou por uma histerectomia, sendo que não houve retirada do útero.

Uma paciente, que prefere não se identificar, prestou queixa à polícia. Há 4 anos, ela retirou uma hérnia com o médico, e conta ter ficado com sequelas.

“Eu dizia para ele: a minha perna é dormente doutor. O senhor não pegou nenhum veia? ‘Ai, é normal a gente pegar uma veinha, quando faz cirurgia’. Mas então, o senhor pegou? ‘Não, eu não peguei. Mas, pode acontecer de pegar'”, lembra a vítima sobre uma conversa que teve com o médico.

A maioria dos procedimentos era feita em um centro clínico, anexo ao maior hospital de Novo Hamburgo. Foi lá que, em 2015, um paciente saiu com quase 100 pontos no abdômen, devido ao rompimento de uma artéria, durante uma cirurgia para remover uma hérnia.

Segundo o advogado da vítima, o médico omitiu o erro. “Durante o procedimento, o médico passou para ele [o paciente] que ele teve um aneurisma, durante a cirurgia, e que, por isso, ele teve a barriga toda aberta”, afirma o advogado Gian Dias de Oliveira. O paciente precisou passar por outras duas cirurgias de correção e está processando o cirurgião.

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