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Feminicídio

Professora é assassinada a tiros pelo ex-companheiro a poucos metros da escola

Segundo a Prefeitura de Florianópolis, ela já tinha uma medida protetiva contra o suspeito

• Atualizado

Giovanna Pacheco

Por Giovanna Pacheco

A professora auxiliar Alessandra Abdalla de 45 anos, foi assassinada a tiros pelo ex-companheiro enquanto estava a caminho do trabalho, na manhã desta quinta-feira (24). O crime ocorreu a poucos metros do Núcleo de Educação Infantil (NEIN) Tapera, no Sul de Florianópolis.

Segundo a Prefeitura do município, que comunicou o falecimento, ela já tinha uma medida protetiva contra o suspeito. O Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis) informou, em uma nota de pesar, que o ex-companheiro é policial militar e não aceitava o término do relacionamento.

A Polícia Militar foi procurada pelo SCC10 e se pronunciou por nota. A instituição informou que foi possível identificar o suspeito por imagens do local. Ele é policial militar lotado no 4º Batalhão da PM, estava com restrição do serviço operacional e trabalhava no administrativo.

Em relação à medida protetiva contra o suspeito, o comando do Batalhão esclareceu que não tinha conhecimento.

Ainda segundo a PM, os disparos ocorreram depois de uma discussão com a mulher. Ele está foragido e as buscas estão com prioridade com apoio do BOPE (Batalhão de Operação Especiais).

Alessandra Abdalla era servidora pública desde 2014 e deixa uma filha.

*Notícia em atualização

Confira a nota da PM na íntegra

NOTA – 4º BPM – FLORIANÓPOLIS
OCORRÊNCIA DE FEMINICÍDIO NO BAIRRO TAPERA

A Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) através do comando do 4º BPM, de Florianópolis, atendeu nesta quinta-feira, 24, por volta das 7h30 da manhã, uma ocorrência em que uma mulher teria sido alvo de vários disparos de fogo próximo a uma creche, localizada no bairro da Tapera. Chegando ao local foi confirmado que a situação se tratava de um Feminicídio.

A mulher foi atingida com vários disparos de arma de fogo e, ao que tudo indicava, teriam sidos disparados pelo ex-companheiro. Imagens do local o identificaram. Depois de uma discussão ele disparou contra a mulher e fugiu para um destino ignorado.

Com as imagens, foi possível a identificação do homem, um policial militar da ativa, lotado no 4º BPM, que estava com restrição do serviço operacional, realizando trabalhos administrativos.

O comando do 4º BPM esclarece que não tinha conhecimento que a mulher havia pedido uma medida protetiva contra o ex-companheiro.

As buscas pelo foragido seguem, com apoio do Batalhão de Operação Especiais (BOPE) para que o mesmo seja preso e levado à Justiça.

Esta tragédia e seu desfecho segue como prioridade do 4º BPM, e assim que houver novos encaminhamentos a PMSC divulgará nova nota.

Nossos consternados sentimentos à família da vítima e à sociedade, diante deste episódio de profundo pesar.

Confira a nota do Sintrasem na íntegra

O dia de hoje amanheceu com uma notícia trágica para a nossa rede e para todas as mulheres.

A companheira Alessandra Abdalla, professora do NEIM Tapera, no Sul da Ilha, foi cruelmente assassinada a tiros pelo ex-companheiro quando chegava na unidade, próximo a outras professoras.

Alessandra foi morta porque o ex-companheiro, um policial militar, não aceitava o término do relacionamento. Ele já havia ameaçado atirar nela anteriormente, e a professora já tinha medida protetiva contra o assassino.

Trata-se de um crime cruel e estúpido que causa dor em todos nós e reafirma, mais uma vez, o sofrimento enorme gerado pelo machismo estrutural e pela violência contra a mulher.

Só no ano passado, 1.341 mortes foram registradas como feminicídio no Brasil. Isso significa um assassinato a cada 7 horas.

Alessandra tinha 45 anos, trabalhava na rede há oito e deixa uma filha. O Sintrasem deixa os seus mais sinceros pêsames à família e aos amigos da professora neste momento difícil.

A luta pela igualdade de gênero não pode descansar. Não é aceitável ser assassinada em seu local de trabalho. Não é aceitável morrer por conta de seu gênero. Isso não pode ser normalizado.

ALESSANDRA; PRESENTE! ✊

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