Michelle Bolsonaro cumpriu a liturgia do palanque em SC

A passagem de Michelle Bolsonaro por Santa Catarina deve ser entendida além do pedido de mais votos para o marido candidato à reeleição ou do que a tarefa de mudar a imagem de Jair Bolsonaro (PL) junto ao público feminino, foi o atendimento aos aliados catarinenses e aos milhares de votos recebidos dos eleitores no Estado.

Michelle atendeu aos pedidos da vice-governadora Daniela Reinehr, eleita deputada federal, das demais vitoriosas nas urnas a federal Caroline de Toni e Julia Zanatta e da mais votada a deputada estadual, An Caroline Campagnolo, que estavam na organização dos eventos que passaram por Florianópolis, Balneário Camboriú e Chapecó.

Em dois roteiros pelo menos, o atendimento ao pedido do senador eleito Jorge Seif (PL) e do prefeito João Rodrigues (PSD), de Chapecó, empenhados em aumentar a votação de Bolsonaro.

Jorginho foi o grande beneficiado

O senador Jorginho Mello (PL) comemorou a presença de Michelle no Estado, mais uma maneira de colar o nome na polarização nacional e pegar carona em uma votação maior de Bolsonaro.

Acompanhado da vice Marilisa Boehm (PL), Jorginho acompanhou as manifestações que, em determinado momento, lembravam mais um ato religioso cristão, do que um evento político.

Michelle também faz questão de mudar a imagem dela e afirma, em discurso, que às vezes tem vontade de dar “umas palmadas” no marido e que ele “também fica de castigo”.

Palco com referências conservadoras

A senadora Ivete Appel da Silveira, que assumiu a cadeira de Jorginho, ora licenciado, foi saudada pela ex-ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves (Republicanos), eleita senadora pelo Distrito Federal, de quem pode virar colega de plenário, caso o candidato do PL vença o segundo turno em Santa Catarina.

Em Balneário Camboriú, o polêmico Marco Antonio Pereira Gomes (PL), o Zé Trovão, eleito deputado federal, esteve presente, ao lado de Seif e do prefeito Fabrício Oliveira (PL).

A opinião do colunista não reflete necessariamente a opinião do SCC10

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