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Esquema do “Sheik dos Bitcoins”, suspeito de movimentar R$ 4 bi em SC e no Exterior, é alvo da PF

Organização do Sheik do Bitcoin é suspeita de atuar no Brasil e no exterior desde 2016

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Reprodução | SBT News
Foto: Reprodução | SBT News

A Polícia Federal realiza, nesta quinta-feira (6), a operação Poyais, que tem como objetivo aprofundar as investigações envolvendo uma organização criminosa suspeita de praticar fraudes bilionárias no setor de criptomoedas. São cumpridos 20 mandados de busca e apreensão em duas cidades do Paraná, duas de São Paulo, uma do Rio de Janeiro e uma de Santa Catarina.

Segundo os agentes, as investigações foram iniciadas em março deste ano após o recebimento, por meio da Interpol, de informações e solicitação passiva de cooperação policial da embaixada dos Estados Unidos em Brasília. A denúncia envolve um grupo criminoso que vem cometendo crimes de estelionato no Brasil e no exterior desde 2016, por meio de uma pirâmide de investimentos em criptomoedas. 

O principal alvo é Francisley Valdevino da Silva, o Francis Silva, e os bens adquiridos pelo grupo. Conhecido como Sheik dos Bitcoins, foram bloqueados 17 imóveis, dinheiro em espécie, barras de ouro, carros de luxo, embarcações, entre outros. Dono da Rental Coins, ele operava outras cem empresas usadas no esquema, que movimentou mais de R$ 4 bilhões desde 2018, segundo a PF.

Uma das vítimas foi Sasha Meneghel, filha da Xuxa, e seu marido João Figueiredo. A modelo teria conhecido o Sheik dos Bitcoins na igreja. O casal teria um prejuízo de mais de R$ 1 milhão e acionou os criminosos na Justiça.

Vítimas

O delegado da PF Filipe Hille Pace afirmou que foram descobertas vítimas em dez países. “A operação visa cessar a atividade criminosa, pois o líder da organização criminosa, familiares e outras pessoas praticam essa fraude não só no Brasil, mas também no exterior. Não só nos Estados Unidos, mas em mais de dez países, onde clientes foram lesados.” 

No Brasil, os serviços oferecidos consistiam no aluguel de criptoativos com pagamento de remunerações mensais que poderiam alcançar até 20% do capital investido. “Ao longo da investigação, restou evidenciado que o investigado constituiu verdadeira organização criminosa, inclusive com muitos membros de sua família que também eram funcionários de suas empresas, para se apropriar dos valores”, explicou a PF.

Além de não devolver o valor investido, outra estratégia do grupo era a criação de criptomoedas próprias, que também eram comercializadas por meio das empresas, garantindo pagamento de retornos mensais “extravagantes”. Para continuar com a fraude, os integrantes bloqueavam os pedidos de saque dos clientes com a justificativa de problemas de ordem administrativa.

Enquanto parte dos recursos adquiridos eram usados para pagamento de remunerações mensais, o restante era utilizado na compra de imóveis, carros de luxo, roupas, joias e viagens. De acordo com a investigação, o grupo movimentou R$ 4 bilhões apenas no Brasil.

Segundo o delegado, em 2021, o esquema de pirâmide quebrou. “Com a entrada das novas vítimas no esquema, permitia-se o pagamento mensal das remunerações prometidas, ao passo que grande parte dos recursos não usados para esses pagamentos eram destinados para despesas e aquisições conforme o líder da organização criminosa desejava. Ao final do ano passado, com todo esquema semelhante ao de pirâmide financeira, ela ruiu. Deixou-se de pagar os rendimentos, deixou-se de permitir os saques, sob as mais diversas justificativas.”

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