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Leito de UTI

Justiça determina que governo instale leitos de UTI Neonatal em São Miguel do Oeste

O Estado de Santa Catarina tem sete meses para criar, instalar e colocar em funcionamento sete leitos de UTI Neonatal no Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, mesmo que ação ainda possa ser questionada nos tribunais superiores.

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Divulgação / MPSC
Foto: Divulgação / MPSC

A Justiça determinou que o Estado de Santa Catarina crie, instale e coloque em funcionamento sete leitos de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) no Hospital Regional Terezinha Gaio Basso (HRTGB), em São Miguel do Oeste, até março de 2023 para comprovar o cumprimento total da condenação. O Estado foi intimado nesta semana, mas pode recorrer da decisão. A determinação vem após requerimento do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio de ação de execução provisória de sentença.

 Na decisão, o Juízo da 1ª Vara Cível da Comarca de São Miguel do Oeste adverte ao Estado que, se deixar de cumprir a sentença, estará incindindo “nas penas de litigância de má-fé no caso de deixar injustificadamente de obedecer à ordem judicial, sem prejuízo da responsabilização por crime de desobediência (CPC,art. 536, §3º)”.

Com relação ao trabalho do MPSC para conquista dos leitos para o Extremo-Oeste, Volpatto destaca que o sentimento é de dever cumprido diante de uma falha ou omissão do Estado na saúde de toda uma região. “Não ter nenhum leito de UTI Neonatal em todo o Extremo-Oeste é um descaso muito sério, um abandono neste ponto da saúde, que causou mortes e destruiu famílias. Entendemos, como membro do Ministério Público de Santa Catarina, que todo cidadão catarinense tem o mesmo direito à saúde e merece o mesmo acesso a ela, na proporcionalidade de sua população. A ausência total deste serviço aqui representa um atraso de décadas em igualdade de atendimento com outras regiões”, ressalta. 

A reportagem do SCC10 questionou a Secretaria de Estado da Saúde se o Estado irá apresentar algum recurso à ação de execução provisória de sentença.

Entenda a ação  

Em 2019, o MPSC ajuizou Ação Civil Pública diante da frequente necessidade de ingressar com ações judiciais requerendo a transferência de recém-nascidos para UTINs de outras regiões do Estado. “Exigindo que os recém-nascidos se desloquem por mais de 100 quilômetros nas precárias estradas da região (até os municípios de Chapecó e Xanxerê) para receberem atendimento médico, direito este que lhes é garantido pela Constituição da República”, destacou o Promotor de Justiça Alexandre Volpatto na ação.

A condenação ocorreu no mesmo ano, porém o Estado interpôs recurso, em que obteve decisão favorável para suspender os efeitos da sentença, impossibilitando o cumprimento naquele momento. Porém, no início de julho, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina julgou o mérito da apelação interposta pelo Estado e negou provimento, mantendo a condenação emitida pelo Juízo da Comarca de São Miguel do Oeste. 

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