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Investigação

Polícia diz que suposta pirâmide pode ser a maior da história do Brasil

Influenciadores teriam praticado crime contra a economia popular; SBT teve acesso a detalhes do caso

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Investigação apura supostos crime contra a economia popular e lavagem de dinheiro praticados pelo humorista Tirullipa, a DJ e advogada Deolane Bezerra e o empresário Matheys Yurley em parceria com a Betzord| Fotos: Instagram
Investigação apura supostos crime contra a economia popular e lavagem de dinheiro praticados pelo humorista Tirullipa, a DJ e advogada Deolane Bezerra e o empresário Matheys Yurley em parceria com a Betzord| Fotos: Instagram

O inquérito que apura os supostos crime contra a economia popular e lavagem de dinheiro praticados pelo humorista Tirullipa, a DJ e advogada Deolane Bezerra e o empresário Matheys Yurley em parceria com a Betzord, empresa de apostas esportivas online, tem quatro volumes e mais de mil páginas.

Para a polícia, a suposta pirâmide investigada “pode ser a maior já vista na história do Brasil, pois está sendo praticada por meio de mídias sociais de influenciadores digitais de grande penetração na população mais vulnerável economicamente. Somados os seguidores desses influenciadores, chega a ser alcançada quase metade da população brasileira”. As informações foram obtidas com exclusividade pelo SBT News.

Tirullipa tem 16 milhões de seguidores no Instagram. Deolane Bezerra, 14,5 milhões na conta principal e 6,3 milhões no perfil reserva. Matheus Yurley possui 7,6 milhões. Já Lucas Tylty, um dos sócios da Betzord, tem 1,6 milhão. Em maio deste ano, cumprindo mandados de busca e apreensão, a polícia apreendeu o carro de Tylty — um Audi Q3 azul — e dois notebooks. Na 5ª feira (15.jul), dois carros de Deolane foram apreendidos. A polícia tem em mãos também celulares e contratos dos investigados. A delegada responsável pelo caso é Maria Corsato, do 27° Distrito Policial de São Paulo.

Os três carros continuam no pátio da delegacia e só poderão ser liberados com ordem da Justiça. A polícia vai analisar todo o material apreendido e, depois, deve intimar os suspeitos. Para a corporação, “essa pirâmide [investigada] se sustenta com o pão do pobre”.

Em nota, a Betzord afirmou que sempre atuou de forma correta e que está contribuindo com as investigações. O sócio Lucas Tilty também se defendeu. “Eu estou muito tranquilo mediante isso, porque nossa empresa é séria, sólida, tem tudo declarado, paga os impostos certinho”, pontuou. A assessoria jurídica de Tirullipa disse que ele “não possui qualquer envolvimento com a empresa investigada por suposto crime contra a economia popular e associação criminosa”. “Além disso, não figura como investigado no inquérito. Vale destacar que o artista realizou apenas uma ação de divulgação pontual e única, no ano de 2021, para a empresa investigada. Ressalta-se ainda, que todos os valores e itens apreendidos em sua casa são provenientes do seu trabalho, legalmente declarados e já estão sendo devolvidos ao artista, que segue contribuindo com toda a investigação e à disposição da Justiça!”.

A assessoria jurídica de Deolane, por sua vez, ressalta que a advogada é citada “apenas como averiguada [no inquérito], em decorrência de um suposto patrocínio da empresa investigada”, que teria ocorrido no ano passado. O comunicado, que é assinado pela advogada Adélia de Jesus Soares, afirma ainda que todos os contratos firmados com a influenciadora passam por “rigoroso processo de avaliação de idoneidade”, e que os produtos por ela divulgados são avaliados sob “o crivo da legalidade”.

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