Conselho abre processo disciplinar contra Eduardo Bolsonaro

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados abriu, nesta quarta-feira (4), processo disciplinar contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O parlamentar foi acusado de desrespeitar o senador Humberto Costa (PT-PE) e de debochar da jornalista Mirian Leitão pela tortura que sofreu durante a ditadura militar. 

A primeira acusação, feita pela representação do PT, destaca que em 26 de abril de 2021, o deputado e filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), postou em suas redes sociais uma mensagem chamando o senador Costa de “drácula da Odebrecht”. A representação destaca que o ato foi quebra de decoro parlamentar. 

Já a segunda acusação conta com representações do PCdoB, do PT, do Psol e da Rede. Eduardo Bolsonaro postou, em sua conta do Twitter, um deboche da tortura bárbara e covarde que a jornalista Miriam Leitão sofreu durante a ditadura militar. “Ainda com pena da [cobra]” era o texto do tweet referente a jibóia colocada na cela da jornalista, que estava grávida, para a realização de tortura psicológica. Nestas representações, o deputado é acusado de apologia à tortura e também quebra de decoro parlamentar.

“O parlamentar do PL fez verdadeira apologia a totura, na medida em que o réptil a que fez referência, foi instrumento de tortura psicológica, cruel e que revela a mente sádica de quem a praticou, bem como de quem consegue extrair do fato, o que julga humor, galhofa, motivo de piada, aliás, a publicação do parlamentar revela muito sobre o seu caráter, ou melhor, a falta dele”, aponta a representação do PCdoB. 

Nesta 4ª feira (4.mai), o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar instaurou processos disciplinares contra outros oito deputados, são eles: Carlos Jordy (PL-RJ), Carla Zambelli (PL-SP), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Talíria Petrone (Psol-RJ), Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Heitor Freire (União-CE), Bia Kicis (PL-DF) e Kim Kataguiri (União-SP). 

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