Onde a palhaçaria resiste: especialista realiza curso gratuito em Joinville
Cerca de 10 alunos foram selecionados para o curso
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A palhaçaria ainda resiste. E renasce. Bia Alvarez, palhaça e pesquisadora de linguagem artística da palhaçaria há 13 anos, promove o curso “Presença e palhaçaria – etapa 2: aprofundamento e pesquisa”, na Associação de Moradores e Amigos do Bairro Itinga (AMORABI), em Joinville, de fevereiro a março.
O projeto tem como objetivo fomentar e fortalecer o curso livre continuado e gratuito em palhaçaria, para a comunidade da cidade.
Ao todo, cerca de 10 alunos foram selecionados para o curso – as vagas foram reduzidas devido a protocolos de segurança – e vão transitar por diferentes módulos, que incluem aulas de pesquisa, dramaturgia, figurino e técnicas, tudo de forma gratuita.
O cronograma inclui seis aulas no total, cada uma delas com 6 horas de duração, previstas para ocorrer entre 12 de fevereiro a 16 março.
Todas as aulas são elaboradas e ministradas por Bia Alvarez, que oferece sua extensa bagagem cultural na área de palhaçaria e resistência, a fim de manter essa arte viva entre os joinvilenses. O projeto foi selecionado pelo Edital Aldir Blanc 2021 – executado com recursos do Governo Federal e Lei Aldir Blanc de Emergência Cultural, por meio da Fundação Catarinense da Cultura.
“O processo de pesquisa em palhaçaria é contínuo e com diversas camadas, ainda havendo poucos espaços de pesquisa continuada nesta linguagem artística em nosso estado e nenhum outro na região norte do estado. Esse recurso é de suma importância para que possamos dar continuidade ao espaço de pesquisa de forma gratuita e acessível”, explicou a artista Bia Alvarez.
A artista mantém desde 2014, em Joinville, um espaço de pesquisa na linguagem artística de palhaçaria. Já recebeu diversos professores de diferentes cidades do Brasil, que lutam para compartilhar e prolongar a pesquisa, estudo e vida sobre o tema no país.
E em 2018, ativou seu projeto pessoal de oficinas de palhaçaria em Joinville e um grupo de pesquisa, que atualmente segue ativo – em 2020 e 2021 seguiu on-line por causa da pandemia.
“Retomar a pesquisa presencial, de forma gratuita e acessível a todos, neste momento pandêmico é de extrema importância para a cidade, para os artistas e para a comunidade”, ressalta Bia.
A resiliência é o segredo para que a arte sobreviva em um cenário tão delicado como o atual. Por isso, a AMORABI foi o espaço escolhido para ser palco de uma construção coletiva, reconhecida por ser um pólo de atividades artísticas e culturais há mais de 40 anos em Joinville, oxigenando a cultura em uma comunidade periférica.
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