Em greve: auditores da Receita Federal paralisam em todo o país
Com a paralisação, ficam prejudicadas as atividades de fiscalização tributária, de importação e exportação de mercadorias.
• Atualizado
Os auditores da Receita Federal decidiram entrar em greve a partir desta segunda-feira (27) em todo o país. Com a paralisação, ficam prejudicadas as atividades de fiscalização tributária e aduaneira, ou seja, de importação e exportação de mercadorias. Esse trabalho é mais presente nos aeroportos.
Representantes do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal afirmam que o movimento não vai prejudicar os viajantes. A categoria cobra mais recursos no orçamento da União para o reajuste salarial, e também exigem a regulamentação do chamado “bônus de eficiência” – um benefício que era pago por produtividade do servidor.
Entrega de cargos e funções
Desde a aprovação na terça-feira (21) do orçamento de 2022 pelo Congresso Nacional, mais de 600 auditores pediram exoneração de cargos em comissão e funções de confiança. Entre eles, os dos 44 conselheiros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). O colegiado tem a atribuição de julgar em segunda instância administrativa, os litígios em matéria tributária e aduaneira. A carta de renúncia coletiva diz que “a situação atual se mostra incompatível com o exercício das nossas funções, pelo que solicitamos a dispensa do mandato que ora desempenhamos e o pedido de dispensa da função de especialista”, finaliza.
Outras categorias
Além deles, outras categorias, como a dos servidores do Banco Central, preparam ações para reivindicar aumento salarial e reestruturação de carreira. Uma debandada de cargos de chefia, semelhante a da Receita Federal, deve ser confirmada pelos servidores do BC nos próximos dias. Em comunicado divulgado no fim de semana, o sindicato da categoria informou que mais de 800 servidores aderiram a uma lista que nega funções comissionadas. Os servidores também indicam mobilizações para 2022, com o intuito de defender o reajuste salarial e ir contra a reforma administrativa.
Em linhas gerais, os servidores questionam a razão de apenas um grupo específico, o de policiais, ter sido beneficiado com aumento de salários. O Orçamento do próximo ano destina R$ 1,7 bilhão para esses profissionais de segurança. O governo Bolsonaro tem um tempo definido para definir reajustes às carreiras públicas: até março do próximo ano, devido ao período eleitoral.
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