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Juntos?

Lula e Alckmin aparecem juntos em jantar

Os dois estiveram em um jantar promovido por advogados, juristas e artistas

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: Ricardo Stuckert | Divulgação
Foto: Ricardo Stuckert | Divulgação

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin fizeram a primeira aparição pública, na noite deste domingo (19) desde que começaram as especulações da formação de uma chapa comum para as eleições do ano que vem. Alckmin está cotado para ser o vice de Lula.

Eles estiveram no evento de fim de ano do grupo Prerrogativas – integrado por advogados, juristas e artistas – em um famoso restaurante na região dos Jardins, na área nobre da capital paulista. O evento teve 500 convidados e arrecadou R$ 200 mil só com a venda de ingressos, valor será revertido em cestas básicas para famílias em situação de vulnerabilidade social.

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Lula e Alckmin tiraram fotos juntos, cumprimentaram os convidados e seguiram para uma mesa em local reservado, onde jantaram. Governadores, senadores, deputados e outros políticos estiveram presentes. Líderes de partidos também compareceram e os pré-candidatos ao governo de São Paulo: Márcio França (PSB) e Fernando Haddad (PT).

Alckmin não discursou nem deu entrevista, mas circulou com apoiadores, entre eles Márcio França, pré-candidato ao governo paulista. Ele foi até a cozinha do restaurante, cumprimentou os cozinheiros e depois tirou fotos com apoiadores que estavam no salão. 

Diferentemente do ex-governador paulistano, Lula discursou no evento por 42 minutos, mas não confirmou, pelo menos por enquanto, a aliança. “Eu tenho que respeitar o Alckmin. Ele deixou o PSDB, ele ainda não tem partido, não sei a qual partido ele vai se filiar. E quem vai dizer se a gente pode se juntar ou não é o partido dele e o meu partido. Então a gente tem que ter paciência”, afirmou.

O ex-presidente reforçou que os detalhes da eventual união para a corrida eleitoral não foram tratados. Disse que ainda não é o candidato oficial do PT. “Ainda não defini minha candidatura, porque estou com muito juízo. Eu sei da minha responsabilidade quando eu definir minha candidatura”, completou. A provável aliança, segundo analistas políticos, só deve ser anunciada em março.

O evento com a presença dos dois políticos ocorre após Alckmin deixar o PSDB, na última quarta-feira (15.dez). A saída foi vista como um passo na formação da chapa com Lula. Mas o ex-governador mantém uma postura discreta. Nas redes sociais, disse estar em um tempo de mudança. “Nesses mais de 33 anos e meio de trajetória no PSDB procurei dar o melhor de mim. Um soldado sempre pronto para combater o bom combate com entusiasmo e lealdade. Agora, chegou a hora da despedida. Hora de traçar um novo caminho”, afirmou.

O ex-governador vem sendo cortejado por partidos políticos como o Solidariedade, liderado por Paulinho da Força. Outro partido de olho no ex-tucano é o PSB, de onde teriam começado as conversas para um acordo com PT. Mas a legenda tem imposto condições do Partido dos Trabalhadores, como a retirada do nome de Fernando Haddad da lista de pré-candidatos ao governo de São Paulo, abrindo espaço para o ex-governador Márcio França, que é do PSB.

O PSD de Gilberto Kassab também apresentou convite. Mas a missão de Geraldo Alckmin no partido seria tentar voltar ao Palácio dos Bandeirantes. De acordo com uma pesquisa do Datafolha, divulgada no sábado (18.dez), em um dos cenários, Alckmin lidera a disputa com 28%. Fernando Haddad aparece em segundo, com 19% e Márcio França tem 13% das intenções de votos. O levantamento foi feito entre os dias 13 e 16 de dezembro e ouviu 2.034 eleitores. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

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Além de Alckmin, o ex-presidente Lula falou da possível missão de recuperar o país a partir de 2023, caso seja eleito novamente. “Vou encontrar uma realidade de fome mais forte, inflação mais forte, descrença mais forte”, disse.

E minimizou o fato de os dois políticos terem sido adversários por décadas. “Não importa se no passado fomos adversários, se trocamos algumas botinadas, se no calor da hora dissemos o que não deveríamos ter dito. O tamanho do desafio que temos pela frente faz de cada um de nós aliados de primeira hora”, afirmou Lula.


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