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Cultura afro-brasileira

Coletivo Cores de Aidê apresenta show e oficina on-line gratuitos em Lages

Sarah Massí, Bê Sodré, Nine Martins, Nattana Marques, Carla Luz, Laila Dominique, Fernanda Jerônimo, Cauane Maia e Dandara Manoela se apresentam pelo canal no Facebook da Fundação Cultural de Lages (FCL)

• Atualizado

Redação

Por Redação

Fotos: Ana Carolina Jeroni
Fotos: Ana Carolina Jeroni

Considerado um dos mais importantes grupos de difusão da cultura afro-brasileira do Sul do Brasil, a banda Cores de Aidê tem a arte como ferramenta para dar o seu recado: valorizar as mulheres e lutar por um mundo menos desigual, sem preconceitos. Elas acabam de chegar de uma turnê internacional – Dubai e México – e encerram o ano com o show  “Quem é Essa Mulher” em Lages, no dia 26 de novembro, às 20 horas, transmitido pelo Facebook no canal da Fundação Cultural de Lages  No dia 25, no mesmo horário, o grupo leva seu samba-reggae para as oficinas de música e dança, também nas redes sociais da FCL.

Contemplado no edital Elisabete Anderle, o projeto foi reformulado devido à pandemia para um formato virtual e transformado em lives e oficinas gravadas no Espaço Cultural Armazém – Coletivo Elza, em Florianópolis, onde nasceu o grupo de mulheres em 2015.  Elaborado pelas nove integrantes da Cores de Aidê, o espetáculo, com uma hora de duração, é um mergulho no samba-reggae, gênero musical nascido na Bahia, uma fusão do samba brasileiro com o reggae jamaicano. Cênica, a apresentação tem performances inspiradas nas danças afro-brasileiras e o repertório é do primeiro CD “Quem é Essa Mulher”. Entre as músicas estão Lugar de Mulher, Negra, Vem com Aidê e Índia. Neste show, o coletivo entoa músicas de referências de grandes nomes do samba reggae, como Olodum e Ilê Aiyê.

No palco, Cores de Aidê é movimento, com dança, vozes e um conjunto de instrumentos percussivos, como repique, caixa/tarol, surdo marcação, entre outros. Uma de suas integrantes, Sarah Massí, afirma que o coletivo valoriza a diversidade e o protagonismo feminino. Para Dandara Manoela, uma das vocalistas, o grupo vai além do entretenimento. “Temos um discurso para mostrar que o lugar da mulher é onde ela quiser”, diz uma das vocalistas Dandara Manoela. “É muito simbólico isso na percussão, que é um instrumento historicamente dominado pelos homens”, finaliza Dandara.

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OFICINAS

Para manter viva a cultura negra o projeto oferece a mulheres, homens e crianças, um curso virtual e gratuito de samba-reggae, percussão e dança afro. A partir de instrumentos como caixa, repique, surdos e xequerê, a oficina trabalha com diversos ritmos desse gênero musical nascido em Salvador, na década de 1980. São ensinadas convenções rítmicas com influências do Olodum, tambores e Cores de Ilê Aiyê, além de composições próprias.

SERVIÇO

Lages 25.11 (oficina) e 26.11 live às 20h, Teatro Marajoara, via canal da Fundação Cultural de Lages no Facebook

QUEM É AIDÊ?

Aidê era uma mulher africana que foi traficada no período escravocrata. O sinhozinho apaixonou-se por ela e lhe ofereceu a liberdade em troca do casamento. Aidê se recusou e fugiu para o quilombo de Camugerê, onde descobre o amor na coletividade. Cores de Aidê quer, com Quem é Essa Mulher, recuperar, em alguma medida, os significados da história de Aidê, uma mulher que não negocia seus valores, que dá força, que inspira o coletivo de mulheres.

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