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Tubarões confundem surfistas com presas animais, diz pesquisa

Visão imprecisa dos animais influenciam no número de ataques à seres humanos

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Mile Ribeiro | Pexels
Foto: Mile Ribeiro | Pexels

Pesquisadores da Universidade de Macquarie, na Austrália, identificaram que os tubarões que atacam surfistas e banhistas têm uma visão imprecisa, o que acaba fazendo com que os animais confundam os seres humanos com suas presas habituais, como focas e leões marinhos. De acordo com o estudo, divulgado na quarta-feira (27), o tubarão-branco está entre as espécies que mais “atacam” os humanos, junto com os tubarões-touro e tubaraões-tigre.

“Do ponto de vista de um tubarão-branco, nem o movimento nem a forma permitem uma distinção visual inconfundível entre os pinípedes e os seres humanos”, diz o estudo. Para a espécie, o sistema visual é quase insensível à cor e tem pouquíssima capacidade de distinguir os detalhes de uma forma. Sua resolução – até seis vezes menor que a do ser humano – é ainda pior para os jovens tubarões-branco, que representam para os surfistas o maior risco de mordidas.

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Para testar a teoria, os pesquisadores colocaram uma câmera em uma scooter subaquática e a configuraram para viajar em uma velocidade de cruzeiro, típica para tubarões predadores. Usando um catálogo de dados da neurociência do tubarão, eles aplicaram filtros ao vídeo e criaram programas de modelagem que simulariam a maneira como um jovem tubarão-branco veria os movimentos e formas de diferentes objetos.

Após as comparações, foi constatado que banhistas e surfistas que nadam, com ou sem movimento de pernas, têm uma forma semelhante com focas e leões marinhos nos olhos dos jovens tubarões-branco. Como a maioria das espécies é daltônica, as cores das pranchas de surfe ou das roupas de mergulho fazem pouca diferença.

Em entrevista à agência de notícias France-Presse, a principal autora do estudo, Laura Ryan, informou que agora os pesquisadores “irão tentar determinar se uma mudança nos sinais visuais de potenciais presas seria uma técnica eficaz de proteção contra os tuberões-branco”. Para ela, “entender por que ocorrem mordidas de tubarão pode nos ajudar a encontrar maneiras de evitá-las, enquanto mantém os humanos e os tubarões mais seguros”.

Segundo a Universidade da Flórida, os casos de tubarões mordendo humanos são raros — menos de 60 no mundo em 2020. No entanto, conforme estudos, o incidente vem registrando um aumento considerável nas últimas duas décadas.

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