Uma atitude salva vidas: A importância de comunicar a família sobre a doação de órgãos
Em Santa Catarina, 1.224 pessoas estão à espera de um transplante
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Você é doador de órgãos? Parece simples responder essa pergunta, mas é um ato que pode salvar vidas. É que, pela legislação brasileira, de nada adianta deixar um documento assinado com o desejo de realizar a doação de órgãos, pois a palavra final sempre será dos parentes, conforme destacou o ministro da Saúde substituto, Rodrigo Cruz. “É preciso conversar com a família para que esteja ciente da sua vontade e que doe”, enfatizou.
Em Santa Catarina, segundo dados da SC Transplantes, 1.224 pessoas estão à espera de um transplante. Antônio Carlos Mafalda é fotógrafo, e em 2014 foi uma delas. Ele fez um transplante de fígado, mas antes de poder respirar aliviado, teve que enfrentar uma longa batalha até receber o órgão.
“Quando eu estava na maca, veio uma enfermeira e me disse: ‘Seu, Mafalda… tenho uma triste notícia. Nós não temos sangue e nem plaquetas para ti. Vamos ter que mandar esse fígado para São Paulo, porque o senhor não vai ganhar’. Na tarde de uma quinta-feira, eu recebo um telefonema e a médica feliz da vida me fala: ‘Vem para cá urgente que tem novidade boa para ti! E tem sangue e plaqueta'”, contou.
** Com informações da Agência Brasil
SC registra recuperação em número de doações de órgãos
Em Santa Catarina, o número de doações de órgãos e tecidos está passando por uma recuperação expressiva em números, após a queda resultada pela pandemia novo coronavírus. Segundo informações do Governo de Santa Catarina, os números atualizados nesta segunda-feira (27), data em que se comemora o Dia Nacional da Doação de Órgãos, mostram que a SC Transplantes voltou a apresentar desempenho semelhante ao período pré-pandemia.
Nos últimos dois meses, foram registradas, até esta data, 55 doações, sendo 26 em agosto e 30 em setembro. Se comparado com o mesmo período do ano passado, a SC Transplantes registrou 23 doações de órgãos em agosto e 19 no mês de setembro. No total, já foram registradas 193 doações em 2021.
“Retomamos nos últimos meses algumas atividades presenciais fundamentais, como os cursos para notificação de noticias críticas, mortes encefálicas e contatos com hospitais doadores. Esses números de agosto e setembro são muito positivos, ao avaliarmos o quadro registrado nos momentos mais críticos da pandemia”, destacou Joel de Andrade, coordenador da SC Transplantes, órgão vinculado à Superintendência de Serviços Especializados e Regulação (SUR) da Secretaria de Estado da Saúde.
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